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Juiz chama estudantes de ‘invasores’ e determina reintegração do Paula Souza

reprodução/O Mal Educado Em decisão neste domingo, juiz referiu-se ao ato de ocupação como “invasão” GGN – A Justiça paulista determinou a reintegração de posse do Centro Paula Souza, no centro […]

reprodução/O Mal Educado

Em decisão neste domingo, juiz referiu-se ao ato de ocupação como “invasão”

GGN – A Justiça paulista determinou a reintegração de posse do Centro Paula Souza, no centro da capital, que está ocupado desde a última quinta-feira (28) por secundaristas, em ato contra o corte de recursos na educação pública e pela investigação do desvio de verbas da merenda da rede estadual de ensino, por meio da abertura de uma CPI.

A decisão do juiz Fernão Borba Franco, da 14ª Vara, foi despachada no domingo (1º), em pleno feriado do Dia do Trabalho e determina que a retirada seja feita com “todo o cuidado possível para evitar confrontos desnecessários e qualquer tipo de violência”, mas “exceto a estritamente indispensável para essa finalidade”, publica. Os alunos da rede estadual e das Escolas Técnicas seguiam acampados no interior do prédio até a manhã de hoje (2).

Com as últimas movimentações, os estudantes planejam realizar uma assembleia na tarde desta segunda para definir os rumos da ocupação. A um canal televisivo, um representante dos alunos afirmou que eles não pretendem sair do Centro Paula de Souza e tentarão resistir.

Neste momento, o local já é cercado pela Polícia Militar, que fechou as ruas no entorno do prédio ocupado. Funcionários da escola terceirizados pressionam, do lado de fora, para a saída dos alunos, porque alegam que se não entrarem ficam sem receber o salário do dia, considerado como não trabalhado pela empresa.

Além do Centro, a Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, na Zona Oeste, foi outra ocupada pelos secundaristas, em manifestação contra a reorganização escolar. Eles afirmam que a Secretaria de Educação do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) descumpriu a ordem da Justiça de suspender a reorganização determinada pelo governador em 2015, e fechou salas de aula em algumas escolas.

Não é a primeira vez que o referido juiz determina a reintegração de posse contra as manifestações. Na última quarta-feira (27), o mesmo magistrado foi responsável por determinar a saída das estudantes mulheres que ocupavam a Superintendência de Assistência Social da Universidade de São Paulo (USP). O ato cobrava do setor da Universidade pela omissão em investigar os casos de violência contra as estudantes, já denunciados há pelo menos dois anos.

Na decisão deste domingo, feriado do Dia do Trabalho, o mesmo juiz referiu-se ao ato de ocupação como uma “invasão”, e interpretou que ela não foi “legítima” para manifestação: