nesta segunda

Alunos de universidades estaduais de São Paulo protestam contra cortes

Entre as reivindicações, estão a retomada da contratação de docentes e funcionários

Reprodução/Twitter

Estudantes de Filosofia, Letras e Ciências Humanas ocuparam o prédio de Letras na noite de quinta-feira (12)

São Paulo – Estudantes, professores e trabalhadores da USP, Unesp e Unicamp realizam um ato hoje (16) contra os cortes na educação. O protesto será realizado a partir das 13h no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Entre as reivindicações, estão a retomada da contratação de docentes e funcionários.

Em entrevista à repórter Aneliza Moreira, da Rádio Brasil Atual, a estudante de Letras da Universidade de São Paulo (USP) e diretora do centro acadêmico Jéssica Antunes afirma que a luta é unificada entre as três universidades. “O objetivo principal do protesto é pressionar as três reitorias das estaduais paulistas. Estamos levantando a luta com greves e ocupações. É uma luta unificada contra o desmonte que as três universidades têm sofrendo por causa dos cortes nacionais e estaduais na educação.”

O prédio de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP foi ocupado na noite da última quinta-feira (12). A estudante afirma que não há data para a desocupação enquanto não houver a contratação de professores. “Nós da USP vamos levar a questão da contratação de professores e de funcionários que foram congelados na universidade, que está impedindo as pesquisas. Outros cursos já nos procuraram e também ocupação suas unidades. A ideia é que surjam novas ocupações e não pretendemos desocupar os prédios.”

Nesta tarde, os estudantes tentarão abrir negociação com as reitorias. “Vamos à sede do do Conselho de reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp) e permanecer lá fora durante a reunião para pressionar e ver como os representantes das reitorias encaminharão nossas reivindicações, porque não desocuparemos e também nem encerraremos a greve, enquanto nossas pautas não forem atendidas.”

Os estudantes também deram apoio à greve de funcionários da USP, que se iniciou na última quinta-feira. “Eles estão em uma situação complicada. Muitos deles que trabalham em bandejões ou em outras áreas estão adoecendo pela sobrecarga de trabalho. Então, não tem como desistirem dessa pauta.”

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