truculência

Direção impede conselheiras da criança e do adolescente de entrar em prédio de Etec

Luz do prédio havia sido cortada e apenas policiais militares podem circular na Escola Técnica Estadual de São Paulo, no Bom Retiro

“A situação é tensa aqui fora e lá dentro”, diz conselheira

São Paulo – A direção da Escola Técnica Estadual de São Paulo (Etesp) – ocupada por estudantes secundaristas desde o último dia 2, em protesto pela regularização da entrega da merenda escolar e pelo corte de verbas – passou a selecionar quem pode ou não entrar. Apenas a Polícia Militar está autorizada a entrar no local. A energia do prédio chegou a ser cortada, e acabou religada no final da tarde.

Três advogadas conselheiras municipais dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes estão na porta do prédio, localizado no Bom Retiro, região central de São Paulo, e são impedidas de entrar pelo diretor da unidade, Nivaldo Jesus dos Santos. Ele não as recebeu pessoalmente, mas informou que não teria autorização do Centro Paula Souza, autarquia que administra as escolas técnicas, para deixá-las entrar.

A instituição informou, via assessoria de imprensa, que desconhece o caso. As conselheiras – Maia Aguilera Franklin de Matos, Julia Drumond e Sueli Camargo – afirmam que entrarão com um processo contra o diretor da unidade na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo. Elas temem pela segurança dos alunos e devem permanecer no local. “A situação é tensa aqui fora e lá dentro”, disse Maia.