Tombini diz que inflação tende a cair nos próximos meses

Brasília – A inflação deve ser menor nos próximos meses do que em 2011, segundo avaliação feita pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em audiência pública nesta terça-feira […]

Brasília – A inflação deve ser menor nos próximos meses do que em 2011, segundo avaliação feita pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em audiência pública nesta terça-feira (28) no Senado.

De acordo com Tombini, índices de inflação ao consumidor mostram que houve pico da inflação em setembro e outubro do ano passado. Mas, atualmente, segundo ele, a inflação acumulada em 12 meses tem se reduzido “sistematicamente”.

Segundo o presidente do BC, o atual “mix de política econômica” é compatível com o maior crescimento da economia e a convergência da inflação para a meta.

Selic

Ainda segundo o presidente do BC, o Brasil está crescendo abaixo do potencial e, por isso, o Comitê de Política Monetária (Copom, ligado ao BC) vem ajustando para baixo a taxa básica de juros da economia, a Selic. Tombini disse que o crescimento econômico do país ficou abaixo do potencial nos últimos trimestres, o que deve ser repetir neste primeiro trimestre de 2012. “Não é por outra razão que o Banco Central vem reduzindo a taxa de juros”, afirmou.

Tombini citou pesquisa feita com analistas do mercado financeiro que indicou a tendência de queda da taxa de juros real neutra (que permite crescimento da economia sem gerar riscos para a inflação). Conforme a consulta do BC aos analistas, em novembro de 2010, a mediana dessa taxa estava em 6,75% e passou para 5,5% na pesquisa atual. Além disso, 49% dos analistas esperam redução dessa taxa, 40% consideram que ficará estável e 11% que vai subir

Dinheiro caro

A redução do spread bancário, diferença entre taxa de captação de recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes que levantam empréstimos, continua sendo prioridade do governo, disse Tombini ao Senado. Essa é, segundo ele, uma determinação da presidenta Dilma Rousseff. O presidente da autoridade monetária garantiu aos senadores que o governo não está de “mãos vazias” quando o assunto é reduzir spread no país.

Tombini citou, como exemplo de medidas para diminuir o custo do dinheiro para as pessos físicas e jurídicas a aprovação do cadastro positivo, que contribui para melhorar a qualidade das informações sobre os bons clientes bancários, a redução do limite das operações de crédito registradas no Sistema de Informações de Crédito (SCR) e a a criação da Central de Cessões de Crédito (C3), sistema operado pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), que registra as compras e vendas de carteiras de crédito entre bancos.

São medidas, segundo o executivo, que aumentam as informações sobre clientes e aumentam a competitividade entre as instituição, o que deve contribuir para a redução do custo das operações.

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