Mercado de trabalho

Desemprego medido pelo IBGE tem maior taxa para janeiro desde 2009

Em 12 meses, número de ocupados caiu 2,7%, com menos 643 mil. E total de desempregados cresceu 42,7% (mais 562 mil), para 1,879 milhão em seis regiões metropolitanas

Agência Brasil

Número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,560 milhões) ficou estável no mês e caiu 2,8%

São Paulo – A taxa de desemprego medida pelo IBGE em seis regiões metropolitanas subiu para 7,6% em janeiro, a maior para o mês desde 2009. O número de desempregados (1,879 milhão) subiu tanto em relação a dezembro (8,4%, ou mais 146 mil pessoas) como na comparação com janeiro do ano passado: nesse caso, a alta foi de 42,7%, acréscimo de 562 mil.

Não houve pressão de procura por trabalho, já que a população economicamente ativa (PEA) diminuiu em ambas as comparações. Mas o mercado eliminou vagas. A ocupação recuou 1% ante dezembro (menos 230 mil pessoas) e caiu 2,7% ante janeiro de 2015 (menos 643 mil).

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,560 milhões) ficou estável no mês e caiu 2,8% (menos 336 mil) na comparação anual. Mas permanecem praticamente na mesma proporção em relação ao total de ocupados: eram 50,4% há um ano e agora representam 50,3%.

Ainda em relação a janeiro do ano passado, a indústria elimina 298 mil postos de trabalho (-8,5%), enquanto comércio, construção e serviços prestados a empresas têm relativa estabilidade.

O rendimento médio (R$ 2.242,90) caiu 1,3% no mês e 7,4% em 12 meses. E a massa de rendimentos também registrou queda, de 2,5% e 10,4%, respectivamente.

Feita em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) não é comparável à Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), da Fundação Seade e do Dieese, nem à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do próprio IBGE.