Mercado de trabalho

Taxa de desemprego estaciona em outubro na Grande São Paulo

Índice de 17,2% corresponde a 1,910 milhão de desempregados, 16 mil a menos no mês e 312 mil a mais em um ano, segundo pesquisa Seade/Dieese

arquivo/ABr

Setor industrial abriu 25 mil vagas em outubro na Região Metropolitana de São Paulo

São Paulo – A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo manteve-se alta em outubro, mas parou de subir, passando de 17,5% para 17,2% (14,3% em 2015). Isso corresponde a uma estimativa de 1,910 milhão de desempregados, 16 mil a menos do que em setembro (-0,8%) e 312 mil a mais (19,5%) em relação a outubro de 2015.

Segundo a Fundação Seade e o Dieese, que divulgaram os resultados hoje (30), o comportamento muda conforme a área. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a taxa foi de 16,6%, chegando a 15,5% no Grande ABC, 17,4% na sub-região oeste (Osasco, Barueri) – único aumento no mês – e a 20% na leste (Guarulhos, Mogi das Cruzes).

De setembro para outubro, 95 mil pessoas ingressaram na PEA (população economicamente ativa), enquanto foram criados 111 mil postos de trabalho, com destaque para comércio/reparação de veículos (93 mil), que cresceu 6%. A ocupação também teve alta na indústria de transformação, com mais 25 mil vagas (1,9%), e na construção civil, com 8 mil (1,3%). Nos serviços, houve redução de 16 mil (-0,3%).

Os dados são diferentes na comparação anual. Ante outubro de 2015, a PEA se reduz em 70 mil pessoas (-0,6%) e o mercado perde 382 mil ocupações (-4%). Todos os setores eliminam vagas: a indústria perde 132 mil (-9%), o comércio/reparação de veículos fecha 126 mil (-7,1%), a construção tem menos 73 mil (-10,6%) e os serviços, 26 mil (-4%).

Estimado em 4,954 milhões, o número de assalariados com carteira no setor privado tem leve alta no mês, de 0,7%, com acréscimo de 32 mil vagas formais. Em 12 meses, são menos 302 mil (-5,7%).

O rendimento médio dos ocupados (R$ 1.972) cresce 1,2% de agosto para setembro (nesse item, há defasagem de um mês) e a massa de rendimentos varia -0,3%. Já na comparação anual, o rendimento recua 1,9% e a massa cai 6,5%.