ICV

Ritmo da inflação diminui na cidade de São Paulo, aponta Dieese

Custo de vida tem maior peso em famílias com menor poder aquisitivo. Em 12 meses, índice totaliza 8,36%

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O item legumes subiu 3,43%, apesar das quedas do chuchu (-18,79%) e do pepino (-14,66%)

São Paulo – O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Dieese no município de São Paulo, perdeu ritmo e variou 0,55% em abril, ante 1,26% no mês anterior. A desaceleração tem influência da energia elétrica, item que em março representou impacto de 0,81 ponto percentual. Foi o que ocorreu também ocorreu com o IPCA, divulgado hoje (8) pelo IBGE. O ICV-Dieese está acumulado em 5,57% no ano e 8,36% em 12 meses.

O grupo Saúde passou de 0,29%, em março, para 1,57%, com reajustes nos itens assistência médica (0,63%), seguros e convênios (0,65%), consultas médicas (0,60%) e, principalmente, medicamentos e produtos farmacêuticos (6,08%).

Grupo de maior peso na composição do ICV, Alimentação variou 0,59%, ante 0,53% no mês anterior – entre os subgrupos, houve altas de 0,62% em alimentos in natura e semielaborados, 0,58% em produtos da indústria e 0,54% em alimentação fora do domicílio. O item legumes subiu 3,43%, pressionado pelo tomate (12,58%), apesar das quedas do chuchu (-18,79%) e do pepino (-14,66%).

Em outros itens, como carnes (1,85%), a bovina teve alta de 1,97% e a suína, queda de 0,68%. Nas hortaliças (0,51%), a maioria registrou aumento, casos de cheiro verde e temperos (2,27%), couve-manteiga (2,11%) e couve-flor (1,35%). Tiveram queda o agrião (-020%) e a alface (-0,10%).

Segundo o Dieese, a inflação foi maior para famílias de menor poder aquisitivo. O estrato 1, que representa esse grupo, teve variação de 0,67% em abril. O 2, intermediário, subiu 0,57%, e o 3 (que reúne as de maior rendimento), 0,51%. As taxas do grupo Saúde, por exemplo, têm mais impacto para famílias de menor renda, devido ao maior reajuste nos remédios, item com mais peso para quem tem menor poder aquisitivo. Isso acontece também com a carne bovina, que “pesa proporcionalmente mais para as famílias de rendimentos mais baixos”.

A taxa acumulada também é maior para as faixas de menor renda. No estrato 1, a variação anual é de 9,40%, caindo para 8,78% no 2 e para 7,96% no 3.

 

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