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Com queda na linha branca e em automóveis, produção industrial cai em 2022 e segue abaixo do nível pré-pandemia

Produção cai 2% no ano e 3% em 12 meses. Segundo o IBGE, está 17% abaixo do recorde, registrado em 2011

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São Paulo – A produção industrial brasileira subiu 0,6% de junho para julho, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (2). Na comparação com igual mês de 2021, no entanto, a atividade cai 0,5%. Assim, os resultados também são negativos no acumulado do ano (-2%) e em 12 meses (-3%).

No mês, o instituto apurou alta em duas das quatro categorias econômicas e em 10 dos 26 ramos pesquisados. “Com esses resultados, o setor industrial ainda se encontra 0,8% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011”, diz o IBGE.

Alimentos e máquinas

Entre as principais influências positivas de julho na produção industrial, estão produtos alimentícios (4,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2%) e indústrias extrativas (2,1%). Do lado das quedas, a produção de máquinas e equipamentos (-10,4%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,7%).

Em relaçao a julho do ano passado, que teve um dia útil a mais, a produção cai em duas das quatro categorias, 16 dos 26 ramos, 47 dos 79 grupos e 56% dos 805 produtos. O segmento de máquinas e equipamentos também teve retração (-9,3%), assim como indústrias extrativas (-3,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13%) e produtos de metal (-9,2%). Por outro lado, cresceu a produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (8,6%) e produtos alimentícios (4,3%), além da atividade que inclui veículos automotores (2%).

Menor dinamismo

No acumulado de 2022, o setor industrial tem queda em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 57 dos 79 grupos e 62,5% dos 805 produtos. O IBGE aponta, como principais influências negativas, produtos de metal (-11,7%), indústrias extrativas (-3,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-13,3%), produtos de borracha e de material plástico (-8,7%) e metalurgia (-5,0%). Coque/petróleo sobe 10%, além de bebidas (4,2%), produtos alimentícios (0,9%) e celulose/papel (2,2%).

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Dessa forma, o instituto apurou “menor dinamismo” para bens de consumo duráveis. Resultado de redução na produção de eletrodomésticos da chamada linha branca, que acumula 20% de retração no ano. A linha marrom recua 13% e o setor de automóveis, 4,1%.