‘Prévia’ da inflação oficial acelera e fecha o ano em 6,46%
Preços de alimentos e transportes foram responsáveis por dois terços do resultado mensal. Passagens aéreas, gasolina e carne tiveram as maiores altas
Publicado 19/12/2014 - 10h05
Alimentos: variação de 0,94% em dezembro contribuiu para a prévia da inflação do mês, que foi de 0,79%
São Paulo – Com pressão de alimentos e transportes, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,79% este mês, mais que o dobro de novembro (0,38%) e pouco acima do registrado em dezembro do ano passado (0,75%). Com isso, fechou 2014 com alta de 6,46%, ante 5,85% em 2013. Os resultados foram divulgados na manhã de hoje (19) pelo IBGE.
Segundo o instituto, os grupos Alimentação e Bebidas e Transportes foram responsáveis por 66% do resultado do mês, com impacto de 0,52 ponto percentual (0,23 e 0,29, respectivamente). O primeiro passou de 0,56%, em novembro, para 0,94% e o segundo, de 0,20% para 1,59%.
No caso dos transportes, as principais pressões vieram dos itens passagens aéreas, que subiu 42,42% (impacto de 0,19 ponto, o maior de dezembro), e gasolina, com alta de 2,15 (0,08 ponto). As passagens aéreas, que tinham queda acumulada de 24,78% de janeiro a novembro, acabaram fechando o ano com alta de 7,13%, enquanto a gasolina subiu 5,42%. O grupo Transportes fechou 2014 com variação de 4,15%.
Em alimentos, o item carnes aumentou 4,02% no mês. A alta chegou a 7,83% em Salvador e a 7,81% em Goiânia. Também aumentaram os preços da batata inglesa (27,20%), cebola (9,83%) e da refeição fora de casa (1,37%). No ano, o item carnes subiu 22,22%, um impacto de 0,54 ponto. Já o grupo Alimentação e Bebidas acumulou alta de 7,91% em 2014.
Em Habitação, que variou 0,71% no mês, a pressão veio dos preços de energia elétrica (1,54%). Esse item subiu 17,14% no ano. O grupo teve alta de 8,76%, a maior de 2014.
No último mês de 2014, os maiores índices regionais foram registrados em Goiânia (1,33%) e no Rio de Janeiro (1,32%), chegando a 1,14% tanto em Brasília como em Fortaleza. O menor foi o de Recife (0,37%). O IPCA-15 variou 0,94% em Belém, 0,41% em Belo Horizonte, 0,77% em Curitiba, 0,57% em Porto Alegre, 0,81% em Salvador e 0,67% em São Paulo.
No ano, variou de 5,89% (Belo Horizonte) a 7,42% (Rio). Em São Paulo, por exemplo, fechou em 6,25%.
Os resultados de dezembro e de 2014 do IPCA e do INPC serão divulgados em 9 de janeiro.
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