São Paulo – O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Dieese no município de São Paulo, perdeu força pelo terceiro mês seguido e não teve variação em junho. Foi a menor taxa desde junho de 2011, quando houve deflação de 0,34%. Segundo o instituto, que divulgou a pesquisa hoje (7), os preços dos grupos Alimentação e Transporte caíram 0,27% cada, resultando em menos 0,12 ponto percentual, enquanto Habitação e Despesas Pessoais subiram 0,44% e 0,39%, respectivamente, acumulando também 0,12 ponto – o que explica o zero no mês.

O ICV terminou o semestre com alta de 4,13%. Em 12 meses, chega a 6,19%, mostrando tendência de recuo – o acumulado em abril era de 7,05%.

No mês passado, o Dieese apurou redução de preços nos alimentos in natura e semielaborados (-1,51%) e altas na indústria de alimentação (0,74%) e alimentação fora do domicílio (0,79%). No primeiro caso, caíram legumes (-10,2%), com destaque para o tomate (-17,27%), raízes e tubérculos (-7,48%), hortaliças (-7,24%), frutas (-2,46%), grãos (-1,04%) e aves e ovos (-0,70%). Em Transporte, caiu o preço do álcool (-3,33%).

Entre as altas, no grupo Habitação subiram todos os itens: locação, impostos e condomínio (0,17%), operação do domicílio (0,22%) e conservação (1,66%). Os itens com maiores taxas foram gás de rua (2,89%), mão de obra da construção civil (2,39%) e
material de construção (0,82%).

Por faixa de rendimento, os resultados não mostraram diferenças significativas em junho: 0,04% no estrato 1 (famílias de menor poder aquisitivo), -0,01% no estrato 2 (intermediário) e 0,02% no 3.

As diferenças aparecem nas taxas acumuladas em 12 meses: o estrato 1 teve variação de 5,65%, o 2 chegou a 5,89% e o 3, a 6,47%.