Soma das riquezas

PIB cresce 2,2% no 3º trimestre sobre 2012; em 12 meses, alta é de 2,3%

Mas a economia recuou 0,5% do segundo para o terceiro trimestre de 2013, pior índice desde 2009. Resultado de 2012 foi revisado pelo IBGE de 0,9% para 1%

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Atividade industrial e crescimento da massa salarial, entre os fatores que contribuíram para o resultado do PIB

São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2,2% no terceiro trimestre em relação a igual período de 2012, informou na manhã de hoje (3) o IBGE. O resultado ficou um pouco abaixo de previsão feita ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que falou em 2,5%. Em relação ao segundo trimestre deste ano, houve recuo de 0,5%, o pior resultado desde 2009. Nos três primeiros trimestres de 2013, a soma das riquezas do país aumentou 2,4%, também sobre igual período de 2012. Em quatro trimestres acumulados, a alta é de 2,3%. Em valores correntes, o PIB soma R$ 1,213 trilhão.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2012, a indústria cresceu 1,9% (1,9% na indústria de transformação, 0,7% na extrativa e 2,4% na construção civil), a agropecuária recuou 1% e os serviços tiveram alta de 2,2%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador de investimento em máquinas, equipamentos e na construção, aumentou 7,3%, segundo o IBGE “pela expansão da produção interna de bens de capital”. Foi o terceiro resultado positivo seguido após quatro quedas em 2012.

O consumo das famílias, que somou R$ 764,9 bilhões, cresceu 2,3% também na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. Foi a 40ª variação positiva consecutiva. “Um dos fatores que contribuíram para este resultado foi o comportamento da massa salarial real, que teve elevação de 2,1% no terceiro trimestre de 2013”, informa o IBGE. “Além disso, houve um aumento, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas de 8,1% no terceiro trimestre de 2013.” O consumo da administração pública (R$ 253,4 bilhões) também registrou alta de 2,3%.

Já do segundo para o terceiro trimestre deste ano, o principal fator para a queda de 0,5% foi o comportamento da agropecuária, que recuou 3,5%. Indústria e serviços ficaram praticamente estáveis, com variações de 0,1% nos dois casos (a indústria de transformação caiu 0,4%). A FBCF, depois de três altas, recuou 2,2%, enquanto o consumo das famílias aumentou 1% e o da administração pública, 1,2%. Tanto exportações (-1,4%) quanto importações (-0,1%) tiveram resultados negativos.

No período de janeiro a setembro (2,4%), o PIB teve alta de 8,1% na agropecuária, 2,1% nos serviços e 1,2% na indústria. No acumulado em quatro trimestres (2,3%), esses mesmos grupos subiram 5,1%, 2,3% e 0,9%, respectivamente. Também em quatro trimestres, o resultado mostra avanço contínuo: 0,9% no terceiro trimestre de 2012, 1% no quarto trimestre, 1,3% no primeiro trimestre deste ano, 2% no segundo e 2,3% neste terceiro.

A taxa de investimento no terceiro trimestre correspondeu a 19,1% do PIB, acima de igual período de 2012 (18,7%). Na mesma base de comparação, a taxa de poupança foi de 15,3% para 15%.

O IBGE também revisou o resultado do PIB de 2012, mas a mudança foi mínima: de 0,9% para 1%. Na semana passada, em entrevista, a presidenta Dilma Rousseff chegou em falar em possível alta de 1,5%.

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