Pela 16ª vez seguida, analistas elevam projeção de crescimento do PIB

Brasília – A projeção de analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia foi elevada pela 16ª semana seguida. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) […]

Brasília – A projeção de analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia foi elevada pela 16ª semana seguida. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – soma dos bens e serviços produzidos no país – este ano passou de 7,13% para 7,2%. Há quatro semanas, a projeção era de 6,6%. Para 2011, foi mantida a expectativa de crescimento do PIB de 4,5%. As informações constam do boletim Focus, sondagem semanal do Banco Central (BC) feita com base em projeções de analistas para os principais indicadores da economia. O estudo foi divulgado na manhã desta segunda-feira (5).

A expectativa do mercado para o crescimento da produção industrial este ano se manteve praticamente estável, passando de 11,94% para 11,91%. Para o próximo ano, a estimativa foi mantida em 5%. A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi mantida em 41% em 2010 e 39,5% em 2011. A cotação do dólar, para os analistas, deve fechar o ano em R$ 1,80 e, no ano que vem, em R$ 1,90.

A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi ajustada de US$ 15,36 bilhões para US$ 15,72 bilhões este ano e de US$ 7 bilhões para US$ 7,83 bilhões em 2011. Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e de contratação de serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi alterada de US$ 47,78 para US$ 47 bilhões este ano. Para 2011, a projeção de déficit passou de US$ 58 bilhões para US$ 57 bilhões.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) permaneceu em US$ 35 bilhões este ano e em US$ 40 bilhões em 2011.

Política monetária

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) estão divididos quanto à duração do período de elevação da taxa básica de juros, Selic. A mediana das estimativas para a Selic de dezembro está em 12,13% ao ano, o que indica que parte dos analistas espera por manutenção da taxa básica esperada para outubro (12% ao ano) enquanto outros projetam mais uma elevação, de 0,25 ponto percentual, no último mês do ano.

A divulgação do Relatório Trimestral de Inflação, na semana passada, pode ter mudado o entendimento de alguns analistas. A expectativa predominante era de que o ciclo de aumento da Selic terminasse em outubro. Para a reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que define a Selic, a expectativa é de elevação dos atuais 10,25% ao ano para 11% ao ano. A reunião está marcada para os dias 20 e 21. Na avaliação dos analistas, o ciclo do aperto monetário continua em setembro, com outra elevação de 0,75 ponto percentual, e também em outubro, quando a Selic deve subir para 12%. O Copom se reúne oito vezes no ano.