Metas

‘Para o presidente, dinheiro bom é dinheiro transformado em obra’

Em reunião com ministros da área de infraestrutura e em meio a debate midiático sobre déficit, Lula disse que dinheiro deve circular e criar empregos

Ricardo Stuckert/PR
Ricardo Stuckert/PR
Lula com ministros, os 'melhores gastadores' em obras de interesse da população

São Paulo – Em reunião com ministros nesta sexta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender gastos públicos para investimentos. “Para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro que está no Tesouro, mas para quem está na Presidência dinheiro bom é dinheiro transformado em obras”, afirmou. “É dinheiro transformado em estrada, em escola, em escola de primeiro, segundo, terceiro grau, saúde.”

Realizado no Palácio do Planalto, o encontro reuniu ministros da área de infraestrutura. Inclusive o da Fazenda, Fernando Haddad. A declaração ocorre em meio a certo debate, na mídia tradicional, sobre meta fiscal do governo. Debate raso, na visão de pensadores mais críticos. O jornalista Luís Nassif, por exemplo, vê uma “pantomima” nessa questão. Já o economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira reagiu ao “alarido”.

Haddad fala em zerar o déficit público no ano que vem. Outra ala no governo é favorável a déficit de até 0,5% para evitar cortes de gastos. Lula já disse que a meta da Fazenda dificilmente será obtida em 2024.

Bons gastadores

Assim, segundo o presidente, o dinheiro previsto para os ministérios deve ser executado. “Se o dinheiro estiver circulando e gerando emprego, é tudo que um político quer e que um presidente deseja”, acrescentou, pedindo que os ministros sejam “os melhores gastadores do dinheiro” em obras de interesse da população.

Mas essas obras de infraestrutura, lembrou Lula, devem avançar sem “repetir possíveis equívocos”. Ele também citou a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com previsão de investir R$ 1,7 trilhão até 2026, entre União, estatais e setor privado.

O presidente disse ainda que planeja fazer outras reuniões com ministros, nas áreas social e de serviços. Até o fim do ano, deverá promover um encontro com todo o ministério, para balanço do primeiro ano de gestão.