Meirelles vê Brasil de volta à ‘normalidade’ após crise

Meirelles acredita que subir juros eventualmente ajuda a baixar taxa no longo prazo (Foto: José Cruz/Agência Brasil) São Paulo – O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira […]

Meirelles acredita que subir juros eventualmente ajuda a baixar taxa no longo prazo (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

São Paulo – O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira (20) em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que a economia brasileira retornou “completamente à normalidade” após a crise financeira mundial. Ele deixou claro que a taxa de juros pode mesmo ser elevada.

Após destacar que os juros permanecem em trajetória descendente, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, classificou como um “mal entendido” a preocupação demonstrada com eventuais movimentos de alta da taxa básica de juros (Selic), determinados pelo Conselho de Política Monetária (Copom).

As medidas adotadas pelo grupo de diretores da autoridade monetária são “absolutamente técnica”, segundo ele. Para ele, uma das das vantagens da existência de reuniões do Copom a cada 45 dias é que nenhuma decisão é definitiva. “A política monetária é feita em uma sequência de ações e, portanto, é absolutamente razoável que possam existir divergências na margem em uma e outra reunião.”

Meirelles disse ainda que o mercado se surpreendeu com o crescimento da economia em 2010, diferentemente do BC. Ele lembrou que o boletim Focus desta semana traz a projeção de analistas de mercado financeiro de crescimento de 5,81% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, enquanto o BC já previa maior expansão da economia em dezembro do ano passado.

“O crescimento do Brasil…, com a economia sólida, juntamente com a estratégia de saída (retiradas das medidas de estímulo), mostra que a economia brasileira está completamente de volta à normalidade”, afirmou.

Ele considera que a forte recuperação da economia brasileira vista no fim do ano passado se manteve no primeiro trimestre deste ano. O consumo das famílias e a confiança dos empresários já voltaram aos patamares pré-crise.

“O consumo das famílias caiu um pouco durante a crise, mas hoje já retomou a linha de tendência pré-crise… A confiança também está em patamares superiores ao pré-crise… Já vemos a retomada forte dos investimentos no Brasil”, disse

“O crédito tem crescido nos últimos anos, o que aumenta a capacidade de crescimento da economia”, acrescentou.

Com informações da Agência Brasil e Reuters