IPCA-15 de agosto volta a registrar deflação

Índice recuou 0,05% este mês, com forte influência dos preços dos alimentos; taxa em 12 meses está acumulada em 4,44%

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve deflação de 0,05% em agosto, ante -0,09% no mês anterior e alta de 0,23% em agosto do ano passado. Com isso, o IPCA-15 no ano está acumulado em 3,21%, acima de igual período de 2009 (2,95%). Já a taxa acumulada em 12 meses atingiu 4,44%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (4,74%). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (20) pelo IBGE.

“A taxa de –0,05% registrada no IPCA-15 de agosto continuou sendo fortemente influenciada pelos alimentos, que caíram 0,68% no mês, contribuindo com –0,15 ponto percentual no resultado do índice”, informou o instituto. “Houve queda de preços em todas as regiões pesquisadas, sendo os mais significativos os resultados apresentados por Belo Horizonte (-1,52%) e Salvador (-1,86%).” Em julho, os preços do grupo Alimentação e Bebidas caíram -0,80%.

Entre os alimentos com preços em queda de um mês para o outro, estão a batata-inglesa (-22,06%), tomate (-21,89%), cebola (-9,26%), açúcar cristal (-8,10%), hortaliças (–8,00%), feijão carioca (–4,78%) e o açúcar refinado (-3,96%), além do leite pasteurizado (-1,93%).

Já entre os produtos não alimentícios, houve alta de 0,14%, ante 0,12% em julho. O grupo Educação passou de -0,02% para 0,37%, refletindo, segundo o IBGE, os resultados apurados na coleta realizada no mês de agosto a fim de obter a realidade do segundo semestre do ano letivo”. Os cursos (ensino formal) variaram 0,33%, enquanto o item cursos diversos (como informática e idiomas) subiram 0,97%.

O grupo Transportes foi de –0,36% para 0,02%. “O litro do etanol, que havia caído 3,15% no mês de julho, passou a custar 4,99% a mais, enquanto a gasolina, com -0,53% em julho, apresentou aumento de 0,31% no mês de agosto”, informou o IBGE. “Além disso, foi menos expressiva a baixa nos preços dos automóveis novos (de –1,16% para –0,56%) e usados (de –2,22% para –0,12%), acrescentando-se a queda nas tarifas aéreas (de 9,16% para –10,31%).”