Inflação oficial sobe 0,75% em outubro e acumula alta de 5,2% em 12 meses

Rio de Janeiro – A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de outubro com alta de 0,75%, mais intensa do que a […]

Rio de Janeiro – A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de outubro com alta de 0,75%, mais intensa do que a elevação do mês anterior, de 0,45%. Com o resultado, divulgado nesta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice acumula no ano aumento de 4,38% e nos últimos 12 meses, de 5,20%. A taxa de outubro também supera a verificada no mesmo período de 2009 (0,28%). O IPCA é o índice utilizado pelo governo para balizar as metas de inflação oficial do país.

O aumento do índice em outubro foi puxado mais uma vez pela alta nos preços dos alimentos, que passaram de uma elevação de 1,08% em setembro para 1,89%, a maior taxa desde julho de 2008 (2,11%). Neste levantamento, o grupo foi responsável por uma contribuição de 0,43 ponto percentual, respondendo por 57% do IPCA do mês.

Ainda de acordo com o documento do IBGE, o preço do feijão-carioca, tipo mais consumido no país, aumentou 31,42% somente em outubro. No ano, o produto acumula alta de 109,78%. Outro produto que também pesou no bolso do consumidor foi a carne. Com aumento de 3,48%, ficou com a maior contribuição individual do mês, 0,08 ponto percentual. Por outro lado, poucos produtos ficaram mais baratos entre um mês e outro, como a cebola (-6,46%) e o arroz (-1,14%).

Os produtos não alimentícios também tiveram alta, passando de 0,27% em setembro para 0,41% em outubro. O movimento foi pressionado pelos combustíveis, que subiram 1,56%, e pelos transportes, com alta de 0,36%.

Também tiveram acréscimo em suas taxas os grupos despesas pessoais (de 0,34% para 0,64%), com destaque para salários dos empregados domésticos, com alta de 1,21%; habitação (de 0,40% para 0,48%), influenciado por aluguel (0,83%), condomínio (0,63%) e taxa de água e esgoto (0,52%); vestuário (de 0,45% para 0,89%), com destaque para os calçados, 1,54% mais caros no mês de outubro.

Regionalmente, Goiânia (1,13%) registrou a maior taxa no mês, pressionado pelos aumentos em alimentos (2,81%), gasolina (6,67%) e etanol (15,17%). Já a região metropolitana do Rio de Janeiro (0,42%) apresentou o menor índice, puxado pelos alimentos (0,96%), que tiveram a menor variação entre as regiões pesquisadas.

INPC atinge 0,92% em outubro

O IBGE também divulgou nesta terça o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para a população com rendimento até seis salários mínimos. O índice fechou em 0,92% no mês de outubro, depois de ter registrado índice de 0,54% no mês anterior. Com o resultado, o índice acumula no ano alta de 4,75%, e de 5,39% nos últimos 12 meses. O INPC de outubro também superou o registrado no mesmo período de 2009, quando o IBGE apurou índice de 0,24%.

A principal pressão para o resultado de outubro partiu dos produtos alimentícios, que intensificaram a alta e passaram de 1,20% para 2,21%. Os produtos não alimentícios também tiveram elevação mais forte e subiram 0,37% em outubro, depois de terem registrado 0,26% em setembro.

Regionalmente, o levantamento aponta que o maior índice ficou com Goiânia (1,33%), onde os alimentos ficaram 3,83% mais caros. Por outro lado, a menor taxa foi observada no Rio de Janeiro (0,42%), onde os alimentos pressionaram menos (1,01%).

Edição Rede Brasil Atual