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IGP-M tem deflação em junho, na maior taxa negativa em 11 anos

Segundo a FGV, entre os preços ao consumidor a principal influência para o resultado veio do grupo Alimentação. Alta em 12 meses, que estava próxima de 8%, foi para 6,24%

Houve forte recuo nos preços da batata-inglesa (–17,87%), da mexerica (-14,47%) e do tomate (-7,67%)

São Paulo – O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), teve variação de -0,74% em junho. Foi a segunda deflação seguida e a menor taxa desde junho de 2003 (-1%). Com o resultado, divulgado hoje (27), o índice acumulado em 12 meses, que estava próximo de 8%, agora está em 6,24%. No ano, o IGP-M soma 2,45%.

Entre os componentes do índice, o IPA (preços ao produtor), que responde por 60% do total, foi de -0,65%, em maio, para -1,44%. O IPC (preços ao consumidor, responsável por 30% da taxa geral) passou de 0,68% para 0,34% e o INCC (custos de construção), de 1,37% para 1,25%.

Em relação ao IPC, a principal influência para a queda veio do grupo Alimentação, que passou de 0,81% para 0,03%. “Vale destacar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 1,26% para -8,76%”, relata a FGV.

Individualmente, recuaram os preços da batata-inglesa (-17,87%), do tomate (-7,67%), do etanol (-2,31%), da tangerina ou mexerica (-14,47%) e da alface (-6,94%). Ainda no IPC, subiram custos com hotel (4,96%), jogo lotérico (6,44%), refeições em bares e restaurantes (0,80%), planos de saúde (0,71%) e aluguel residencial (0,53%), entre outros itens.

Também recuaram os grupos Habitação (de 0,72% para 0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,16% para 0,57%), Transportes (de 0,45% para 0,20%) e Comunicação (0,20% para 0,15%). A FGV destaca os tarifa de eletricidade residencial (de 3,20% para 0,26%), medicamentos em geral (de 2,05% para 0,19%), etanol (de 0,54% para -2,31%) e tarifa de telefone residencial (de 0,50% para -0,07%).

Registraram alta os grupos Educação, Leitura e Recreação (de 0,38% para 0,62%), Despesas Diversas (de 0,65% para 0,89%) e Vestuário (de 0,49% para 0,57%). “As maiores contribuições para estes movimentos partiram dos itens: hotel (0,99% para 4,96%), jogo lotérico (3,73% para 6,44%) e calçados (-0,04% para 0,42%), respectivamente”, informa a fundação.

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