São Paulo – A produção industrial brasileira ficou praticamente estável em 2011, com variação de 0,3%, segundo informou o IBGE nesta terça-feira (31). O resultado reflete um ano de incertezas, entre a forte expansão de 2010 (10,5%) e a queda significativa de 2009 (-7,4%). “Ao longo de 2011, o setor industrial apresentou clara perda de ritmo a partir de abril”, diz o instituto, que vê duas fases distintas durante o ano. A primeira compreende o primeiro trimestre, com elevação generalizada (alta de 1,1%) e destaque para o segmento de bens de capital (4%). A outra se inicia no segundo trimestre (-0,7%), com a queda se acentuando nos dois períodos seguintes (-0,8% no terceiro trimestre e -1,4% no último).

De novembro para dezembro, a atividade cresceu 0,9%. Na comparação com dezembro de 2010, a produção recuou 1,2%, “quarta taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto, mas a menos intensa dessa sequência”, observa o IBGE.

Entre as categorias pesquisadas, o setor de bens de capital mostrou maior dinamismo, com expansão de 3,3%, “impulsionado em grande parte” pela expansão de equipamentos de transporte, para construção e para fins industriais. A redução mais intensa (-2%) foi de bens de consumo mais duráveis, “pressionada principalmente pela menor fabricação de automóveis”.