Contas nacionais

Com revisão, PIB de 2010 sobe a 7,6% e de 2011, para 3,9%

IBGE revisou metodologia e atualizou os dados a partir do ano 2000. Taxa média anual de crescimento passou de 3,5% para 3,7%. Investimento e participação do rendimento sobem

Marcos Santos/USP Imagens

P&D: conceito de FBCF foi ampliado e passou a incorporar os gastos com os produtos de propriedade intelectual

São Paulo – Com atualizações e revisões de metodologia, o IBGE informou hoje (11), entre outros dados, que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2010 passou de 7,5% para 7,6% e o de 2011, de 2,7% para 3,9%. O instituto também atualizou os dados a partir do ano 2000.

Depois das mudanças, a taxa média anual de crescimento foi revisada de 3,5% para 3,7%. “Em média, os valores correntes do PIB de 2000 a 2011, na nova série, ficaram 2,1% acima dos valores da série antiga”, diz o instituto. Assim, o PIB de 2010 chegou a R$ 3,887 trilhões e o do ano seguinte, a R$ 4,375 trilhões.

Segundo o IBGE, a nova série adota 2010 como ano de referência e “incorpora recomendações da mais recente revisão do manual de Contas Nacionais” feito pela Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) e Banco Mundial. “Além de atualizações metodológicas, a nova série apresenta uma classificação mais detalhada de produtos e atividades”, diz o instituto, que reuniu ainda dados do Censo Agropecuário de 206 e da Pesquisa de Orçamento Familiares (POF) do período 2008/2009.

Com a revisão metodológica, aumentou também a taxa de investimento, medida pela participação da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no PIB. O indicador foi de 19,5% para 20,6% em 2010 e de 19,3% para 20,6% em 2011. Segundo o IBGE, o conceito de FBCF “foi ampliado e passou a incorporar os gastos com os produtos de propriedade intelectual – P&D (pesquisa e desenvolvimento), software e exploração mineral – antes tratados como consumo intermediário”.

No período 2010/2011, a participação das remuneração dos empregados cresceu de 41,6% para 42,2% do PIB. Isso inclui salários (33,2%) e contribuições sociais (9%), somando R$ 1,847 bilhão.

A atividade de serviços responde por 67,8% da composição do PIB, do ponto de vista da produção. Na série antiga, o setor concentrava 66,6%. A indústria passou de 28,1% para 27,4% (a indústria de transformação foi de 16,2% para 15%) e a agropecuária, de 5,3% para 4,9%.

 

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