Consequência

No ano da pandemia, paulistas ‘perderam’ um ano de expectativa de vida, mostra pesquisa

Esperança de vida ao nascer recuou para 75,4 anos, segundo o Seade. Queda foi um pouco maior entre homens

Rovena Rosa/Agência Brasil
Rovena Rosa/Agência Brasil
Segundo a Fundação Seade, mortalidade devido à pandemia levou a um retrocesso no patamar de vida

São Paulo – A esperança de vida ao nascer diminuiu o equivalente a um ano em São Paulo em 2020, de 76,4 para 75,4 anos, segundo estudo da Fundação Seade divulgado na terça-feira (20). Com isso, o paulistano voltou ao nível de sete anos atrás. “O rápido aumento dos níveis de mortalidade devido à expansão da pandemia da Covid-19, em todo o território paulista, afetou diretamente os padrões demográficos de longevidade conquistados, resultando em retrocesso ao patamar de vida média observado sete anos atrás, entre 2012 e 2013”, diz o Seade. A fundação é vinculada à Secretaria de Governo do estado.

Segundo o estudo, a queda foi maior entre homens do que mulheres. No caso da população masculina, a esperança de vida caiu de 73,3 para 72 anos. Já na feminina, foi de 79,4 para 78,7. Com isso, a diferença subiu de 6,1 para 6,7 anos. “Essa diferença decrescia desde 2000, quando era de 9 anos”, aponta a fundação.

Taxa de mortalidade

Por outro lado, as taxas de mortalidade cresceram da faixa de 15 anos em diante, subindo 11% no intervalo entre 15 e 29 anos de idade e 15% nas demais. Até 14 anos, houve queda de 20%.

“O aumento nas taxas entre 30 e 59 anos foi próximo ao dos idosos, mas o número de óbitos por mil habitantes é bem distinto”, observam os técnicos do Seade. “No primeiro, as taxas passaram de 3,4 para 3,9 óbitos por mil, enquanto nas idades de 60 a 69 anos foram de 15,0 para 17,2 por mil, e entre 70 e 79 anos de 33,2 para 38,0 por mil.”

Assim, no ano passado morreram quase 347 mil pessoas no estado. Foram 92 mil apenas na capital. Mais informações estão disponíveis no link https://painel.seade.gov.br/obitos/.