São Paulo – O pagamento do 13º salário deste ano aos trabalhadores na base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC vai representar aproximadamente R$ 404,4 milhões na economia da região. A estimativa é da subseção do Dieese na entidade. Considerando todos os setores, o Grande ABC representa em torno de 1,5% do 13º pago no país.

No caso do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o cálculo do 13° considera dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (“novo” Caged) e da Previdência Social. A base é formada por 68.504 trabalhadores, nos municípios de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. O rendimento médio mensal é de R$ 5.903.

Peso na região

“A base tem forte influência na economia local”, diz o sindicato. “Os trabalhadores representam 5,5% da mão de obra da região que receberá o benefício no final do ano, mas participam com 13% dos recursos totais a serem pagos. Comparados aos demais trabalhadores formais da região, os metalúrgicos detêm 9,4% dos empregos, mas respondem por 17,7% do montante pago.”  

“São números expressivos, ainda que a base sindical tenha sido duramente afetada com o fechamento da unidade da Ford em São Bernardo”, comenta Aroaldo Oliveira da Silva, diretor executivo da entidade. O fechamento ocorreu em 2019, mas teve impacto nas estatísticas deste ano.

No total, mais de R$ 3 bi

Em todo o ABC e todos os setores, o 13º soma R$ 3,2 bilhões, de acordo com a subseção do Dieese. Desse total, R$ 2,3 bilhões são para trabalhadores com carteira assinada e R$ 932,2 milhões a aposentados e pensionistas. No total, 1,228 milhão de pessoas recebem o benefício. São 729,7 mil trabalhadores formais e 498,5 mil beneficiários da Previdência Social. 

Os municípios de São Bernardo, Santo André, São Caetano do Sul e Diadema participam com 88,1% dos recursos. Em Ribeirão Pires (40,7%), Rio Grande da Serra (39,9%) e Mauá (36,5%) há maior peso relativo dos benefícios do INSS.