São Paulo – Após previsões de nova safra recorde, o IBGE e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetam redução em 2016, segundo estimativas divulgadas na manhã de hoje (9). Para o instituto, a projeção é de 195,9 milhões de toneladas, o que representa queda de 6,5% em relação ao ano passado. Já a Conab estima esse volume em 196,5 milhões de toneladas, redução de 5,4%.

A estimativa do IBGE para a área a ser colhida atinge 57,7 milhões de hectares, pequeno crescimento em relação a 2015 (0,2%). Para a Conab, a área cultivada deve chegar a 58,2 milhões de hectares, aumento de 0,4%.

As três principais culturas (arroz, milho e soja) somam 92,5% da estimativa de produção e 87,4% da área, de acordo com o IBGE. Ainda segundo o instituto, a produção cai nos três casos em relação a 2015: -0,4% para a soja, 11,6% para o arroz e 14,1% para o milho.

A região Centro-Oeste concentra 41,7% do total, pelos dados do IBGE, seguida do Sul, com 38,4%. Depois vêm Sudeste (10%), Nordeste (6,4%) e Norte (3,4%). Entre os estados, Mato Grosso mantém-se como maior produtor nacional, com participação de 24,4%, ante 19% do Paraná e 16,2% do Rio Grande do Sul. Os três concentram 59,6% do total do país.

O resultado negativo para a safra de milho, diz a Conab, deve-se a adversidades climáticas, “como estiagens prolongadas e altas temperaturas”. A soja, também afetada pelo clima, deve ter queda de 0,6% na produção. “Para arroz, feijão e algodão, a estimativa também é de recuo na produção total, levada a efeito pela redução na área plantada e pela estiagem ocorrida no período”, acrescenta a companhia.