Varejo

Vendas no comércio caem em agosto, com pressão do setor automobilístico

Foi a maior queda para o mês desde 2000. Atividades como a de hipermercados e móveis também têm queda, por fatores como crédito menor e diminuição da renda, segundo o IBGE

São Paulo – As vendas no comércio varejista caíram 0,9% de julho para agosto, segundo o IBGE, enquanto a receita nominal recuou 0,2%. Foi a maior queda para o mês desde 2000. Na comparação com agosto do ano passado, a queda no volume foi de 6,9%, com acumulado de -3% em 2015 e de 1,5% em 12 meses. A retração na indústria automobilística segue pressionando os resultados. A pesquisa mensal sobre o movimento no comércio foi divulgada hoje (14) pela manhã.

De acordo com o instituto, a queda ante agosto de 2014 (-6,9%) foi a quinta negativa nessa base de comparação. Além de manter trajetória descendente iniciada em julho do ano passado, o comércio registrou em agosto último perda mais intensa que a registrada nos três meses anteriores.

O segmento de veículos, motos, partes e peças, que faz parte do comércio varejista ampliado, caiu 5,2% no mês. Na comparação com agosto de 2014, a retração é de 15,7%. A queda vai a 15,4% no ano e a 12,9% em 12 meses.

Ainda em relação a agosto do ano passado, sete das oito atividades tiveram variações negativas. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, por exemplo, teve retração de 4,8%, a sétima seguida. Segundo o instituto, o segmento teve o desempenho influenciado pelo menor ritmo de crescimento da renda e pela alta dos preços dos alimentos, acima da inflação.

Já a atividade de móveis e eletrodomésticos caiu 18,6%, na nona queda consecutiva. O IBGE destaca fatores como restrições ao crédito e redução da massa real de rendimentos. “Vale citar ainda  o impacto da retirada dos incentivos via redução do IPI para diversos itens do segmento, especialmente a “linha branca” e móveis.”


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