Importações crescem

Com quinto déficit mensal, balança comercial soma menos US$ 1,8 bilhão em 2013

No ano, exportações caem 1,4% e importações crescem 8,8%

Roosewelt Pinheiro/ABr

Por produto, as exportações de soja em bruto representaram a maior queda proporcional, de 39,2%

São Paulo – A balança comercial brasileira fechou outubro com déficit (o quinto no ano) de US$ 224 milhões, informou hoje (1º) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Foi o pior resultado para o mês desde 2000. No ano, o saldo é de menos US$ 1,832 bilhão (pior nível em 15 anos), ante resultado positivo de US$ 17,350 bilhões em igual período de 2012. Parte da explicação para o déficit está no registro apenas neste ano de US$ 4,6 bilhões de importações de petróleo e derivados feitas no final de 2012. Em janeiro, o déficit somou US$ 4,040 bilhões.

Em 12 meses, até outubro, o saldo soma US$ 219 milhões, queda de 99% em relação também a igual período anterior (novembro/2011 a outubro/2012), US$ 21,719 bilhões.

No mês passado, as exportações somaram US$ 22,822 bilhões e as importações, US$ 23,046 bilhões. No ano, esses valores totalizam US$ 200,472 bilhões e US$ 202,304 bilhões, respectivamente.

De janeiro a outubro, as vendas brasileiras ao exterior caíram 1,4% considerando a média diária. Já as compras aumentaram 8,8%.

No mesmo período, caíram as vendas de óleo de soja em bruto (-39,1%), alumínio em bruto (-17,9%), algodão em bruto (-44,2%), petróleo em bruto (-41,7%), café em grão (-17,5%), aviões (-25,4%) e autopeças (-10,1%), entre outros. Aumentaram as vendas de celulose (13,1%), milho em grão (40,7%), soja em grão (29,9%), carne bovina (17,1%), minério de ferro (13,9%) e automóveis de passageiros (46,3%).

Entre os destinos das exportações, o Brasil teve queda nas vendas para Estados Unidos (-9,2%), África (-8,3%), Oriente Médio (-7,5%), Europa Oriental (-6,2%), América Latina e Caribe, exceto Mercosul (-6,2%) e União Europeia (-2,5%). Os principais destinos foram China (US$ 39,6 bilhões), Estados Unidos (US$ 20,8 bilhões) e Argentina (US$ 16,7 bilhões). Os principais países de origem das importações foram os mesmos: China (US$ 31,5 bilhões), Estados Unidos (US$ 30,5 bilhões) e Argentina (US$ 14,1 bilhões).