Estudantes formam comissões e vão acompanhar votações na Câmara Legislativa do DF

O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas do Distrito Federal (Sindical), Adriano Campos, disse há pouco que os estudantes vão poder acompanhar as […]

O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas do Distrito Federal (Sindical), Adriano Campos, disse há pouco que os estudantes vão poder acompanhar as votações desta quinta-feira (3) no plenário da Câmara Legislativa do DF. Os alunos se organizaram em comissões, depois da sugestão do próprio sindicato.

Na quarta-feira (2), manifestantes ocuparam o plenário e impediram, durante a tarde, qualquer ação na Câmara. Após negociação com os deputados da oposição ao governo Arruda, cerca de 50 pessoas ainda tentaram acampar no plenário. Outro grupo permaneceu nos corredores e na entrada do prédio.

Depois de desocupar o plenário para a leitura dos pedidos de abertura de impeachment do governador, eles voltaram a invadir o espaço. A maioria dos estudantes que participam do protesto são ligados a centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos, como o PSTU e o P-SOL.

“Vamos ficar até o Arruda cair”, afirmou a estudante Lorena Fernandes, do Centro Acadêmico de Serviço Social, da Universidade de Brasília (UnB), uma das representantes do movimento. No entanto, os estudantes disseram que devem realizar uma assembleia nesta quinta pela manhã para definir os rumos do protesto.

“Precisamos da organização deles para dar continuidade ao fluxo, para dar andamento aos pedidos de impeachment (do governador José Roberto Arruda), por exemplo”, explicou.

Segundo ele, a ideia é não impedir a participação popular e fazer com que os trabalhos na Câmara continue normalmente. Um grupo dos estudantes ficará na porta da Casa, para facilitar o acesso dos cidadãos, e outro acompanhará as votações em plenário, no setor destinado à imprensa.

Uma das lideranças do movimento de estudantes que está desde ontem na Câmara, Luíza Oliveira, disse que o grupo vai pedir aos parlamentares que apenas projetos referentes à saída do governador sejam apreciados hoje no plenário da Casa. Segundo a estudante de Ciências Sociais da Universidade de Brasília, um grupo de sete pessoas acompanharão as votações dos seis pedidos de impeachment junto com os parlamentares.

OAB-DF e novo pedido de afastamento

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Distrito Federal reúne-se hoje (3), às 19h, para decidir se entra com pedido de abertura de processo de impeachment do governador do DF, José Roberto Arruda. O relator do pedido é o conselheiro seccional João Pedro Ferraz dos Passos e o revisor o conselheiro seccional Walter do Carmo Barletta.

A OAB-DF também vai decidir se o pedido será estendido ao vice-governador Paulo Octávio, que também é alvo das denúncias de corrupção. Eles podem ser enquadrados por violação do Artigo 74 da Lei 1.079/50, que trata do crime de responsabilidade, e pelo Artigo 103 da Lei Orgânica do DF.

Com informações da Agência Brasil

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