Ministra pede agilidade a deputados para aprovar Vale Cultura ainda neste semestre

Vale Cultura garantiria pagamento de um valor mensal de R$ 50 em cartão magnético a trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil) Brasília – A ministra […]

Vale Cultura garantiria pagamento de um valor mensal de R$ 50 em cartão magnético a trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Brasília – A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, afirmou nesta quinta-feira (27) que já entrou em contato com parlamentares da Câmara dos Deputados para pedir mais agilidade na tramitação do projeto de lei que cria o Vale Cultura. A expectativa, segundo ela, é que o benefício seja aprovado ainda neste primeiro semestre.

O PL 5.798/09, que institui o Vale Cultura, prevê o pagamento de um valor mensal de R$ 50 em cartão magnético a trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos. O valor poderá ser usado para a compra de livros, CDs e DVDs, ou para assistir a filmes, peças de teatro e espetáculos de dança.

“Acho que não há nenhum questionamento sobre a importância [do projeto de lei] e de disponibilizar logo para o trabalhador esse direito de ter acesso à cultura”, disse, após participar de entrevista a emissoras de rádio, durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.

Segundo Ana Hollanda, a cultura ainda é vista como um segmento “meio abstrato”, mas tem uma função muito objetiva de lidar com o cidadão. “Se a gente não trabalhar, a cultura estará perdendo uma grande oportunidade de se inserir no dia a dia do trabalhador.”

Economia Criativa

A criação da Secretaria de Economia Criativa deverá resolver os problemas de mau uso do dinheiro destinado à cultura, segundo Ana de Hollanda. Ela já adiantou que a ex-secretária de Cultura do Ceará, Cláudia Leitão, vai assumir o órgão, mas ainda não há data para a posse.

“A economia criativa perpassa por todas as áreas da cultura, quem vive de cultura, quem trabalha, quem a cerca. São pessoas que, direta ou indiretamente, participam do processo”, disse, ao citar, por exemplo, gráficas que imprimem propaganda cultural e pipoqueiros que trabalham em eventos. “A gente tem que pensar uma forma de otimizar isso”, completou.

De acordo com a ministra, o trabalho da nova secretaria precisa perpassar por todas as áreas da pasta, como arte, literatura e patrimônio. O órgão, segundo ela, veio para transmitir a visão de que a cultura tem um lado na economia, que não estava sendo aproveitado.

“Muita coisa está se perdendo, indo pelo ralo, por causa do mau uso do dinheiro que vai para a cultura. Precisamos ver como ele pode ser reaproveitado, otimizado, com renda para várias áreas. Com o uso meio desordenado, acaba-se por perder oportunidades, dispersando verbas”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil