Filme foca romance proibido de Coco Chanel e Stravinsky

Cena do filme “Coco Chanel & Igor Stravinsky” (Foto: Divulgação) São Paulo- Tudo estava acontecendo naquela frenética Paris do início do século 20. Uma noite emblemática aconteceu em 21 de […]

Cena do filme “Coco Chanel & Igor Stravinsky” (Foto: Divulgação)

São Paulo- Tudo estava acontecendo naquela frenética Paris do início do século 20. Uma noite emblemática aconteceu em 21 de maio de 1913, na estreia do balé “A Sagração da Primavera”, com música de Igor Stravinsky e coreografia e dança de Vaslav Nijinsky – provocando reações tão violentas do público no Teatro Champs-Elysées que seus responsáveis chamaram a polícia.

Na plateia, estava presente uma outra artista fora do comum – a estilista francesa Coco Chanel, que rompia os parâmetros da moda e caminhava para tornar-se sinônimo de figurinos clássicos que ultrapassariam seu tempo. E nascia também, naquela noite de 1913, a semente de um romance que só frutificaria 7 anos depois, entre Coco e Stravinsky.

Baseado em livro de Chris Greenhalgh – que está sendo lançado no Brasil – “Coco Chanel & Igor Stravinsky”, de Jan Kounen, não esgota sua atração neste caso entre dois dos maiores e mais temperamentais artistas do século passado. Embora não lhe faltem cenas de sexo, cuidadosamente encenadas, o enredo coloca em primeiro plano a troca entre estas duas personalidades extremadas no momento de sua máxima criatividade.

A oportunidade para o romance se apresenta em 1920, pouco depois da Revolução Russa e da 1a Guerra Mundial. Exilado e pobre, Stravinsky (Mads Mikkelsen, de “Depois do Casamento”) aceita a hospitalidade de Coco (Anna Mouglalis) em sua vila perto de Paris, levando a mulher Katarina (Yelena Morozova) e os quatro filhos.

Protegido pela já rica e consagrada estilista, ele encontra sossego e apoio para dedicar-se integralmente à composição de sua música extraordinária. As faíscas explodem entre Igor e Coco, dois seres voluntariosos. E Coco está só, desde a morte de seu amado Arthur ‘Boy’ Capel (Anatole Taubman).

Não existe espaço para a culpa no espírito independente de Coco. Igor não pode dizer o mesmo – e, para ele, a dualidade de sentimentos é maior, pois Katarina é sua melhor conselheira artística, embora seu corpo esteja tão doente, afetado pela tuberculose.

Embora contaminado por alguma frieza – que em parte tem sentido, para fazer justiça ao cerebralismo dos dois protagonistas -, o filme de Kounen dá conta de forma bem mais complexa da personalidade de Coco Chanel, cuja biografia antes da fama foi retratada um tanto palidamente em “Coco Antes de Chanel”, de Anne Fontaine, em que a estilista foi interpretada por Audrey Tautou (“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”).

Como se poderia esperar, os figurinos são deslumbrantes e assinados pela Casa Chanel. A francesa Anna Mouglalis, aliás, é modelo exclusiva da grife.

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

(Fonte:Reuters)

 

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