Documentário narra drama de JK no exílio

O documentário traz relatos do estado de ânimo do ex-presidente, mostrado como deprimido pela distância do Brasil (Foto: Reprodução) São Paulo – Antiga sede da Presidência, até a mudança para […]

O documentário traz relatos do estado de ânimo do ex-presidente, mostrado como deprimido pela distância do Brasil (Foto: Reprodução)

São Paulo – Antiga sede da Presidência, até a mudança para Brasília, em 1960, o Palácio do Catete (atual Museu da República), no Rio de Janeiro, será na próxima segunda-feira (28) o local de exibição de um documentário sobre seu último inquilino, Juscelino Kubitschek. Produção franco-brasileira, o filme “JK no Exílio”, dirigido por Charles Cesconetto e Bertrand Tesson – rodado em Paris, Brasília e Rio de Janeiro –, traz imagens raras do período passado por Juscelino na França, após a cassação de seus direitos políticos pela ditadura.

O documentário mostra, entre outros, o depoimento de Maria Alice Gomes Berengas, ex-secretária de Juscelino. São vários os relatos sobre o estado de ânimo do ex-presidente, mostrado como deprimido pela distância do Brasil e com pensamentos suicidas, como no trecho de uma carta em que ele diz: “Ou Deus me leva ou eu vou ao encontro dele”.

Segundo os criadores do documentário, a ideia partiu do pesquisador Carlos Alberto Antunes Maciel, que conheceu Maria Alice durante estadia na França e fez amizade com a secretária de JK no exílio. “Foi um fato importante para que ela se exprimisse com total convicção e liberdade”, afirma Charles Cesconetto. O filme foi lançado em setembro, em Diamantina (MG), terra natal de Juscelino. Nesta quarta-feira (23), também estava prevista uma exibição na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A produtora, Geo Filmes, é catarinense.

Juscelino morreu há 35 anos, em 22 de agosto de 1976, em acidente automobilístico na via Dutra – entre São Paulo e Rio de Janeiro – que alguns até hoje consideram suspeito. O fato de outros dois políticos de relevância terem morrido com intervalo de poucos meses – João Goulart e Carlos Lacerda – reforçou as teorias conspiratórias.