Sem-teto ocupam ministério para reivindicar construção de moradias em SP

Movimentos querem ação do governo e da Caixa para desempacar projetos habitacionais na zona leste da capital paulista

São Paulo – Movimentos de luta por moradia de diversas cidades do estado de São Paulo ocuparam hoje (7) o Ministério das Cidades, em Brasília, para exigir a desburocratização do programa Minha Casa, Minha Vida e o início das obras previstas pelo governo com financiamento da Caixa Econômica Federal.

“Viajamos 18 horas e meia até aqui para reivindicar o começo dos nossos projetos”, explica Marisa Dutra Alves, coordenadora estadual da União dos Movimentos de Moradia (UMM) em São Paulo. Segundo a militante, os projetos em questão são o José Maria Amaral e o Florestan Fernandes, localizados na Cidade Tiradentes, zona leste da capital.

“Também pedimos ao ministro das Cidades que assine a resolução do Minha Casa Minha Vida para entidades”, complementa. “É uma reivindicação importante para que nossos nossos projetos comecem. Não dá mais pra ficar esperando a vontade política nem do ministério nem da Caixa”, critica.

Os movimentos de luta por moradia pedem a alteração da resolução 183 de 2011 do programa Minha Casa Minha Vida, que exige a incorporação imobiliária nos projetos de moradia popular do governo federal, feita pelas construtoras. Eles querem que a negociação seja feita diretamente entre governo e associações de moradores, de Pessoa Jurídica para Pessoa Jurídica, sem a intermediação das construtoras.

Marisa considera que a demora no início das obras pode comprometer o orçamento destinado ao projeto. “Já estamos há mais de dois anos aguardando o começo das obras”, revela. “A gente sabe que, quanto mais demora pra iniciar o empreendimento, mais cara fica a obra. Nossa preocupação é que, quando chegar no final da obra, o recurso já estimado pelo Minha Casa Minha Vida não seja suficiente para terminar os mutirões.”

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