Operação Guilhotina da Polícia Federal caça policiais ligados ao crime no Rio

Rio de Janeiro – A Operação Guilhotina, da Polícia Federal (PF), foi responsável pela prisão, nesta sexta-feira (11), de 16 policiais militares e seis policiais civis do Rio de Janeiro. […]

Rio de Janeiro – A Operação Guilhotina, da Polícia Federal (PF), foi responsável pela prisão, nesta sexta-feira (11), de 16 policiais militares e seis policiais civis do Rio de Janeiro. Todos são acusados de envolvimento com traficantes de drogas e armas, milícias, vazamento de informações e exploração de jogos ilegais. Até o momento, 28 pessoas foram presas. De acordo com a PF, ainda faltam cumprir 17 mandados de prisão.

A investigação começou em 2009, com o vazamento de informações de outra operação da policia que tinha o objetivo de prender um dos chefes do tráfico de drogas da Favela da Rocinha (zona sul da cidade). A partir daí, informantes e escutas telefônicas levaram a polícia aos suspeitos.

Entre os foragidos está o delegado Carlos Antônio Luiz de Oliveira, que há pouco mais de um mês assumiu o cargo de subsecretário de Operações da Secretaria Especial da Ordem Pública. Em nota, a prefeitura informou que Oliveira vai ser demitido.

Já o chefe da Polícia Civil, Alan Turnowski, foi intimado a comparecer na Superintendência da PF para depor como testemunha. Em contrapartida, o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, reiterou a sua confiança em Turnowski. “O doutor Alan goza da minha confiança. Ele está sendo ouvido aqui. O que eu não vou fazer é juízo de valor precipitado”, disse Beltrame.

Ainda de acordo com Beltrame, o problema da corrupção policial no Rio de Janeiro é antigo e sério. “Polícia nenhuma do mundo vai virar uma página enquanto tiver nos seus cargos esse tipo de gente (policiais bandidos)”, afirmou o secretário.

O superintendente da Polícia Federal no Rio, Ângelo Gióia, ressaltou que alguns dos policiais denunciados também estão envolvidos em roubos e achaques após a ocupação do complexo de favelas do Alemão, na zona norte da cidade. “Quando você pensa em uma ocupação, como foi a do Complexo do Alemão, você tem grupos diversos naquela área. Eles [os policiais acusados] trabalhavam garimpando, subtraindo, levando para casa, revendendo, devolvendo aos traficantes e a outros criminosos”, explicou Gióia.

A Operação Guilhotina conta com 380 agentes da PF e 200 policiais das forças estaduais, além de helicópteros e lanchas. Segundo a PF, a primeira parte do inquérito se encerra em 10 dias.

Fonte: Agência Brasil