São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, vistoriou na manhã de hoje (4) três terrenos para escolher o lugar onde será construído o hospital de Parelheiros, no extremo sul da capital. De acordo com o prefeito, a unidade terá atendimento geral com pelo menos 200 leitos e deverá ser concluída em dois anos. Haddad prometeu desapropriar dois dos terrenos ainda neste mês, para que as secretarias possam iniciar os procedimentos licitatórios. Além do hospital, a prefeitura pretende transferir, para área próxima a ele, o terminal de ônibus de Parelheiros.

O prefeito garantiu já ter liberado verba para a desapropriação de duas áreas, mas não soube determinar o valor exato a ser investido. “O montante total depende de avaliação da secretaria de Negócios Jurídicos. Nós precisamos de aproximadamente 100 mil metros quadrados para a construção do hospital e do terminal. O montante deve ser algo em torno de R$ 25 milhões”, estimou. A decisão sobre que terrenos serão utilizados vai ser tomada pelas secretarias. Um dos terrenos é a antiga garagem de ônibus da Viação São Camilo, na avenida Sadamu Inoue, próximo ao Rodoanel.

O hospital pode ter gestão da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que faria dele um hospital-escola. Entretanto, Haddad afirmou que isso não é um fator determinante para a construção da unidade. “Isso foi aventado em uma conversa com a reitoria da Unifesp, porque na Vila Clementino não existe espaço para ampliação do hospital São Paulo. Se houver interesse vamos conversar. Mas nós não podemos depender disso”, afirmou.

Em relação aos hospitais de Brasilândia, na zona norte, e de Vila Matilde, na zona leste, o prefeito afirmou que o processo mais avançado é o primeiro, do qual serão realizadas vistorias em terrenos para construção da unidade nos próximos dias. No entanto, não há definições de quando as obras podem começar. Haddad não comentou sobre o hospital na zona leste.

O hospital de Parelheiros era promessa da gestão Gilberto Kassab (PSD), juntamente com os hospitais da Brasilândia e da Vila Matilde. Nenhum saiu do papel. Uma hipótese cogitada à época foi a construção de três hospitais provisórios, através do sistema de parceria-público privada (PPP), que juntos teriam 175 leitos. Mas essa ação também não foi realizada.

UBS Cantinho do Céu

Haddad afirmou que a licitação para construção da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Cantinho do Céu, na região do Grajaú, será realizada no mesmo prazo dos hospitais. O prefeito afirmou que o decreto de utilidade pública já está pronto e que a secretaria vai realizar a desapropriação em breve, mas não deu detalhes sobre prazos e custos da instalação da unidade.

A UBS é uma reivindicação antiga dos moradores, que reclamam dos longos deslocamentos que precisam fazer para receber atendimento médico. Moradores do entorno se queixam da superlotação das unidades em seus bairros, em virtude do atendimento a pessoas de outros locais.