Santa Maria terá liberação mais rápida de recursos do governo federal

Decreto publicado nesta terça (5) no Diário Oficial da União reconhece situação de emergência na cidade gaúcha, onde incêndio provocou a morte de 238 pessoas

Brasília – O governo federal publicou decreto na edição de hoje (5) do Diário Oficial da União a situação de emergência em Santa Maria (RS), após um incêndio que matou 238 pessoas na boate Kiss, e uma comissão de deputados criada para acompanhar as investigações da tragédia pretende ouvir o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) gaúcho, Luiz Alcides Capoani.

Segundo a prefeitura de Santa Maria, o reconhecimento dado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil permite a liberação mais rápida de recursos do governo federal para a cidade, além de contratações emergenciais, sem necessidade de licitação. O decreto tem validade de 90 dias a partir de 27 de janeiro, data da tragédia.

A comissão especial, criada pela Câmara no dia 29 de janeiro e formada por sete deputados, se reuniu pela primeira vez hoje e terá 120 dias para acompanhar as diligências e ouvir especialistas para produzir um projeto de lei com normas de segurança válidas para todo o país.

A assessoria do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), coordenador da comissão, informou que Capoani deve ser ouvido pela comissão no dia próximo 19. O conselho, que ontem (4) divulgou um relatório preliminar sobre a tragédia, já havia se colocado à disposição da comissão.

Na avaliação do Crea, uma “série de erros” levou à tragédia, a segunda maior já provocada por um incêndio na história do Brasil, depois que as chamas que tomaram conta de um circo em Niterói (RJ) em 1961 matou mais de 500 pessoas.

A maioria dos mortos no incêndio era de jovens em idade universitária.

Segundo a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, 85 pessoas ainda estão internadas por conta do incêndio, 28 respirando com ajuda de aparelhos.

O fogo começou quando faíscas de um artefato pirotécnico utilizado por um integrante da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no local, atingiram a proteção acústica instalada no teto do local. A maioria das vítimas morreu por asfixia, em consequência da fumaça tóxica que tomou conta da boate e da dificuldade em deixar o local.

Com informações da Reuters

 

 

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