Transtorno

Entidades do comércio protestam contra apagões em São Paulo: ‘Inaceitável’

Segundo representantes do setor, prejuízo para as empresas já é de aproximadamente R$ 1 milhão

Reprodução/TV Globo
Reprodução/TV Globo
O icônico Copan, no centro de São Paulo, às escuras: caos

São Paulo – Os repetidos e contínuos cortes de luz na região central de São Paulo, ao longo desta semana, além do caos, provocaram uma corrente de reclamações de usuários. Nesta sexta-feira (22), foi a vez de entidades do setor de comércio protestarem contra os transtornos. Segundo elas, o prejuízo para as empresas já atinge R$ 1 milhão.

Assim, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (FecomercioSP) e o Sindicato do Comércio Varejista e Lojista do Comércio de São Paulo (Sindilojas) exigiram “que a Enel resolva, urgentemente, o apagão que já dura quatro dias nos bairros da área central de São Paulo”.

De acordo com nota divulgada hoje pelas entidades, “é inaceitável que uma das regiões mais importantes da maior metrópole do Brasil permaneça por tanto tempo sem eletricidade, serviço básico à população, e cuja falta acarreta problemas significativos para moradores e prejuízos enormes ao empresariado”. 

A federação e o sindicato patronais, além de outras entidades representativas do setor, procuraram não só a responsável pelo serviço privatizado de energia. Também fizeram contato com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o governo estadual e a prefeitura da capital, “cobrando que o fornecimento se reestabeleça o mais rápido possível”. 

Perdas econômicas

“À Enel, a Federação e o sindicato salientaram como muitas empresas do centro estão contabilizando perdas econômicas a cada dia sem luz, como mercados, restaurantes, farmácias e lojas do varejo, além de serviços que ficam impossibilitados de operar, já que, além da energia, estão sem acesso à Internet”, afirmam ainda.

“Sem contar os custos excedentes para os estabelecimentos que, diante da situação alarmante, não viram outra opção que não locar geradores, contratar mão de obra extra ou comprar combustíveis para manter dispositivos operando”, acrescentam. “Além disso, o apagão prejudica o fornecimento de água, já que muitos edifícios do centro possuem bombas hidráulicas de distribuição.”

Segundo a Enel, os problemas na região central, na noite de ontem, foram causados por “excessivo consumo”, aliado às altas temperaturas.