A pequena Itaberá acordou entristecida nesta quarta-feira (11). Apontada inicialmente como local onde começou o blecaute que atingiu 18 estados brasileiros, a cidade de 118 mil habitantes na região sul do estado de São Paulo não sofreu com a falta de energia.

De acordo com o relato de Vanderlei Aparecido de Lima, funcionário público da cidade do Vale do Ribeira, o blecaute nacional não passou de uma “piscadela elétrica” em Itaberá. O fornecimento de energia voltou em segundos, e Vanderlei teve tempo de ver na televisão o estrago provocado em todo o país pelo blecaute.

A prefeitura confirma que houve chuva na região, como apontou o Centro de Previsão e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC-INPE), mas garante que o problema não partiu da subestação da cidade, que fica a seis quilômetros do centro do município.

O prefeito Walter Sérgio de Souza Almeida (DEM) espera que a reunião desta tarde em Brasília (DF) trate de esclarecer o início do problema. O encontro, comandado pelo Ministério de Minas e Energia, terá participação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Eletrobrás.

O Ministério de Minas e Energia divulgou nota informando que “as panes ocorreram no sistema que liga a cidade de Ivaiporã, no centro do Paraná, a Itaberá, no sul de São Paulo, e em uma subestação que liga a Subestação de Itaberá a Subestação de Tijuco Preto, em São Paulo”.

O prefeito conversou com os funcionários da subestação de Itaberá, que, segundo ele, não detectaram qualquer problema no local.“A situação ficou difícil. A gente, como está sendo citado que o transtorno ocorreu aqui, fica triste. Em Itaberá não aconteceu isso”, lamenta.

Outro que ficou triste com a fama repentina da cidade é o servidor Vanderlei Aparecido de Lima: “É o tipo de coisa que não é legal. Poderia mostrar Itaberá de outra maneira. Tem ecoturismo, é bonito aqui”.