São Paulo – A Secretaria Municipal de Transporte da capital paulista confirmou, por meio de nota, que o rodízio de automóveis e de caminhões foi retomado nesta segunda-feira (16). A restrição de circulação de veículos conforme o final da placa no Centro Expandido da cidade havia sido suspenso no dia 23 de dezembro. O objetivo é reduzir o fluxo de veículos em horários de pico.

A restrição acontece nos períodos da manhã, das 7h às 10h, e da tarde, das 17h às 20h. A proibição de circulação mantém o mesmo padrão (finais 1 e 2 às segundas; 3 e 4 às terças; 5 e 6 às quartas; 7 e 8 às quintas; e 9 e 0 às sextas). A multa por desrespeitar a norma é de R$ 85,13, mais quatro pontos na carteira de habilitação.

O rodízio foi estabelecido em 1997, pela Lei Municipal 12.490. São Paulo é a única cidade brasileira que adota a prática. No Distrito Federal, tramita um projeto semelhante que ainda não entrou em vigor na capital do país.

No último dia 4, foi sancionada a Política Nacional de Mobilidade Urbana que regula os diferentes modos de transporte de pessoas e cargas no Brasil. A partir do momento em que passar a valer, em até quatro meses, estados, municípios e o Distrito Federal poderão controlar ou restringir o acesso de carros em locais ou horários específicos, permanente ou temporariamente.

Diversas cidades do mundo adotam medidas nesse sentido como Atenas, na Grécia, Bogotá, na Colômbia, Cidade do México, Milão e Roma, na Itália, e Paris, na França. Em Santiago, no Chile, o rodízio é acionado apenas quando a poluição do ar atinge índices críticos.

Para diminuir o contingente de veículos, algumas cidades como Londres, no Reino Unido, e Estocolmo, na Suécia, adotaram o pedágio urbano, medida que obriga a pagar uma taxa pra andar de carro na cidade. O tema é polêmico e não foi aplicado em cidades brasileiras.