crise da água

Presidenta da Sabesp diz a vereador tucano que CPI é ‘teatrinho’

fotos públicas A fala foi gravada durante a sessão da CPI da Sabesp na Câmara de São Paulo no último dia 8 São Paulo – A presidenta da Sabesp, Dilma […]

fotos públicas

A fala foi gravada durante a sessão da CPI da Sabesp na Câmara de São Paulo no último dia 8

São Paulo – A presidenta da Sabesp, Dilma Pena, nomeada para o posto pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), disse ao vereador tucano Andrea Matarazzo, durante a CPI da Sabesp, que a investigação dos vereadores sobre a falta de água na Região Metropolitana não passa de um “teatrinho”.

A fala foi gravada durante a sessão da CPI da Sabesp na Câmara de São Paulo, no último dia 8 de outubro. Na ocasião, Matarazzo, que presidente a CPI, tentava acalmar Dilma Pena. Ele disse à dirigente que ela não precisava se preocupar porque, no final das contas, a investigação não teria “consequência zero”, ou seja, ninguém seria punido caso se comprove erros na gestão hídrica praticada pela estatal. “Dilma, vai por mim, não se impressione. Esquece”, diz o tucano. “A consequência é zero, nada”, emendou.

Na sessão desta quarta (15), Dilma Pena se disse constrangida com a repercussão de sua fala. “Estou pessoalmente bastante constrangida. Sempre defendi a ética na política pública e resultados para sociedade. A conversa que tive particular e fora do período institucional desta casa com um amigo de longa data me constrange profundamente. Foi um comentário infeliz. Em nenhum momento eu quis ou tive a intenção de macular a missão desta casa e muito menos a pessoa institucional e pessoal de cada um, manifesto aqui o meu constrangimento com essa matéria”, afirmou.

No dia 8, Matarazzo enumerou para Dilma os parlamentares que fazem parte da comissão. Um deles é o ex-tucano José Police Neto (PSD), que virou alvo de críticas de Dilma. “Ele [Police Neto] é muito sem-vergonha, a gente ajudou ele tanto e ele jogou os pés no nosso peito”, comentou a presidente da Sabesp.

Depois, Dilma tentou remendar a fala, e afirmou que a gravação de sua conversa particular com Matarazzo é ilegal. Segundo ela, frases pinçadas “distorcem a análise e a informalidade da conversa”. Em seguida, elogiou Police Neto, que “atuou altivamente na elaboração do contrato entre a prefeitura, o Estado e a Sabesp”.

Police Neto, por sua vez, disse que pretende abrir um processo contra Dilma. “Dilma Pena sofre de racionamento ético e moral. A CPI fica pequena frente à agressão. Difamação é arma dos que têm baixa reputação”, afirmou, de acordo com informações da Folha.

Hoje, durante a sessão da CPI, Neto contou que jamais, em 42 anos, passou um momento tão constrangedor. “Tudo o que é falado aqui é público e temos que atribuir as responsabilidades. Faz parte da nossa democracia. As conversas que podem diminuir não vão deixar de existir. Quem teve a reputação abalada não fui eu. Me preocupo com a CPI, com a Casa, com a repercussão negativa que este episódio pode trazer. Ele deve servir de reflexão do que são nossas CPIs e o que devem ser, promover. Discutíamos o problema da água e passamos a discutir racionamento ético, e esse não se esgota com a chuva”, completou, de acordo com o portal Terra.

Leia também

Últimas notícias