Meta de 55 mil

Prefeitura de São Paulo deposita R$ 50 milhões para comprar terrenos para moradia

Fernando Haddad afirma que realocação de moradores em condições precárias é parte da política ambiental. Prefeito anuncia construção de segundo hospital veterinário, agora na zona norte

Heloísa Ballarin. Prefeitura

Haddad afirmou que o hospital veterinário aberto no ano passado já não dá conta da demanda

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou hoje (5) que R$ 30 milhões já foram depositados em juízo para a Caixa Econômica Federal. O dinheiro será usado para adquirir os terrenos para a construção de habitações de interesse social. Outros R$ 20 milhões serão depositados ainda esse mês, totalizando R$ 50 milhões no primeiro semestre.

Para atingir a meta de construir 55 mil casas até o final de seu mandato, Haddad pretende investir R$ 300 milhões na desapropriação de terrenos. A prefeitura já mapeou mais de 30 áreas que podem ser decretadas de interesse social. O cálculo é de que a meta poderá ser cumprida se até o final de 2014 forem obtidas as posses de todas as áreas necessárias.

Haddad destacou a remoção de famílias de áreas na beira de córregos e rios e sua realocação em moradias adequadas como uma ação integrada à política ambiental da cidade. “É um conjunto de realizações: no transporte, corredores de ônibus; nos serviços, a coleta seletiva; no verde e meio ambiente, as contrapartidas ambientais; na habitação a produção de moradia e reassentamento das famílias a agenda ambiental perpassa muitas secretarias, inclusive a da educação e saúde”, afirmou.

O prefeito fez as declarações durante entrevista coletiva convocada para elencar as ações da gestão relacionadas ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado hoje. Os secretários do Verde e de Serviços, Ricardo Teixeira e Pedro Simão, destacaram ações de suas pastas. Simão ressaltou a construção de duas estações mecanizadas de triagem de material reciclável até a Copa do próximo ano e de outras duas até o fim do mandato. Quando estiverem todas prontas, o índice de reciclagem na cidade que atualmente é de menos de 2% chegará a 10%. Diariamente, São Paulo produz 13 mil toneladas de lixo por dia.

Teixeira anunciou que a prefeitura irá determinar que governo do estado, como compensação ambiental do trecho norte do Rodoanel, cerque toda a Serra da Cantareira. A ideia é impedir que a área seja invadida. “Envolve mais de uma cidade, mas o prefeito fez essa determinação, o governador Geraldo Alckmin já conhece essa determinação, estão discutindo com os técnicos e, em breve, nós vamos já fazer a licitação e começar esse processo”, afirmou o secretário.

Durante o ato também foi assinada a ordem de serviço para a implementação do segundo hospital veterinário da cidade, desta vez na zona norte. O primeiro hospital público para animais do país foi inaugurado em 2012, no Tatuapé, zona leste da cidade e prioriza pessoas de baixa renda. O novo hospital deve começar a funcionar até o final deste ano. Ele será administrado pela Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa), mesma organização que gere a unidade no Tatuapé.

Haddad classificou a criação do novo hospital veterinário como um “gesto de inteligência”. “A população tem apreço por essas causas. O vereador Roberto Trípoli tem muita razão em dizer que a população mais pobre da cidade, que ama o seu animal da mesma maneira que a classe média, a classe mais abastada, sem ter condições de dar a ele o tratamento que ele gostaria. Então você tem aí sim um serviço público importante”, afirmou Haddad. “Estamos fazendo isso não só pelo compromisso com a causa, mas também porque o primeiro, que foi inaugurado na gestão passada, foi um sucesso e já está com a demanda muito acima da sua capacidade de atendimento. Então este é um gesto de inteligência da cidade em perceber que o cidadão tem apreço por esta causa.”