Ocupação dos espaços públicos de São Paulo é tema de debate promovido pela prefeitura

Diálogo SP

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Ocupação de praças e parques, como a Praça do Ciclista, promove encontro de diferentes realidades sociais

São Paulo – Iniciado com a apresentação à sociedade do Plano de Ocupação do Espaço Público da cidade de São Paulo, o projeto Diálogo SP, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, promove rodas de conversa para discutir políticas públicas que assegurem a cidade como base para a construção da cidadania. Nessa quarta-feira (30), o debate ocorreu na praça Roosevelt, no centro da cidade, e teve como tema a ocupação dos espaços públicos, como parques e praças.

Participaram do debate o secretário municipal de Direitos Humanos, Rogério Sottili e o sociólogo William Nozaki, coordenador do Direito à Cidade. A discussão contou também com a presença de membros de coletivos de ocupação, como André Pomba, do movimento Em Defesa da Rua Augusta. O grupo defende que a rua, espaço de lazer com intenso movimento de pessoas, seja transformada em calçadão nos finais de semana para facilitar a circulação dos pedestres e a ocupação do espaço. Além disso, Pomba destacou à TVT a importância do uso de edifícios mistos, residenciais com térreo comercial.

Para o coordenador da Juventude da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Gabriel Medina, a criação de uma rede de uso dos espaços da cidade é essencial para construir circuitos e políticas de ocupação de praças, parques e ruas para requalificar o espaço urbano. “De um lado, nós temos os shopping centers como principal espaço de convivência na cidade de São Paulo. De outro, nós temos a cultura do medo instalada pelos veículos de comunicação de massa, que faz com que as pessoas não saiam e se isolem em suas casas”, disse, em entrevista à Rádio Brasil Atual.

A cineasta Beatriz Seigner acredita que a ocupação dos espaços públicos é essencial especialmente pela existência de muitos locais privados em São Paulo. “É interessante ouvirmos as propostas que a prefeitura apresenta para estabelecer essa ponte de diálogo com a população, que já vem ocupando os espaços públicos, como as praças, os parques e os largos”.