Moradores desapropriados pelo Metrô de SP fazem protesto para aumentar indenização
Comissão tentará se reunir com representante da empresa para negociar situação de famílias prejudicadas com baixo ressarcimento
Publicado 15/07/2013 - 10h56
São Paulo – Moradores das favelas Buraco Quente e Comando, no bairro de Campo Belo, na zona sul de São Paulo, fazem hoje (15) um protesto em frente à sede do Metrô contra as baixas indenizações oferecidas pela desapropriação de casas e comércios que serão demolidos para a passagem da Linha 17-Ouro, já em processo de construção.
Mais de 300 casas já foram destruídas e pelo menos 30 famílias ainda vivem na comunidade, aguardando melhores ofertas para deixarem suas residências. Pelo menos três delas não se enquadraram no chamado termo de vulnerabilidade feito pelo Metrô, e por isso não teriam direito nem a indenização nem a inclusão em programas de moradia pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), ainda em fase de projeto.
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Com o protesto de hoje, os manifestantes esperam conseguir uma reunião com representantes do Metrô para negociar a situação das famílias. “As pessoas estão reféns da própria sorte. Não podem sair de casa com medo de elas serem demolidas, como aconteceu com as casas de quem já deixou a comunidade”, explica o líder comunitário Geilson Arruda, à frente de uma comissão de moradores do Buraco Quente e do Comando. “Elas estão vivendo com medo, no meio de escombros.”
“Queremos uma indenização justa para que essas pessoas possam ir para uma moradia digna e não para que sejam empurradas para outras comunidades, em locais mais longe, onde viverão pior do que já vivem”, diz. O Metrô paga, no máximo, R$ 119 mil de indenização para pessoas que conseguiram comprovar 10 anos de residência no local. Para cada ano são pagos R$ 8,5 mil, mais um valor para os metros quadrados construídos. Segundo a CDHU, a média dos pagamentos é de R$ 78,5 mil.