Cidade solidária

Maricá terá voos diretos para São Paulo e tarifa para passageiros de baixa renda

Estudo preliminar aponta que voos para São Paulo e Brasília deve custar cerca de 480 mumbucas, a moeda social de Maricá

Divulgação/Codemar
Divulgação/Codemar
Primeira aeronave da Azul Conecta a pousar em Maricá foi "batizada" pelos bombeiros

São Paulo – O aeroporto de Maricá recebeu na semana passada o seu primeiro voo comercial. A aeronave Grand Caravan da empresa Azul pousou na última quinta-feira (25), vinda do aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Na véspera do aniversário da cidade, que completa 209 anos, o avião recebeu o “batismo” dos bombeiros maricaenses. Na sequência, a Azul Conecta – braço regional da companhia – e a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), administradora do aeroporto, assinaram um protocolo de intenções para permitir os voos comerciais em Maricá.

Os voos começam a operar a partir de janeiro de 2024 para o público em geral. Está prevista uma rota regular ligando Maricá até São Paulo, com um ou dois voos semanais. Também estão previstos voos para Brasília, Confins (MG) e Jundiaí (SP). E até mesmo uma rota até o aeroporto de Viracopos, em Campinas, permitindo conexões com voo internacionais.

A Azul informou, no entanto, que não haverá comercialização das passagens pelos seus canais de venda. A própria Codemar vai ficar responsável pela venda das passagens aéreas. De acordo com o presidente da Codemar, Hamilton Lacerda, a parceria com a Azul abrirá novos caminhos para o desenvolvimento do município.

“Este é um grande momento não apenas para o aeroporto e para a companhia, mas para toda a cidade e toda a região. Significa mais desenvolvimento econômico e oportunidade para os moradores”, avaliou Lacerda. Até então, o aeroporto de Maricá opera apenas com voos executivos e offshore – com helicópteros – para as plataformas de petróleo que operam no litoral fluminense.

Tarifa social

O prefeito de Maricá, Fabiano Horta (PT), também destacou a aviação comercial como um “fator alavancador” para o desenvolvimento local. Além disso, Horta anunciou um programa de tarifa social para que pessoas contempladas por programas sociais do município possam viajar de avião.

“A tarifa social, segundo um primeiro estudo, deve estar em torno de 460, 480 mumbucas (moeda social de Maricá) para fazer o translado para São Paulo e para Brasília. É importante fazer o diálogo da inclusão social de permitir que as pessoas possam se deslocar em voos a partir de Maricá. Fundamental para a construção de cidade solidária que a gente faz”, frisou.

A moeda, administrada pelo Banco Mumbuca – instituição comunitária independente – é utilizada para o pagamento de benefícios sociais a cidadãos cadastrados em programas do município. Famílias com renda mensal de até três salários mínimos, inscritas no Cadastro Único da União (CadÚnico), recebem 200 mumbucas por pessoa, a cada mês. Cada mumbuca equivale a R$ 1.