Jurada passa mal ao ler resumo do massacre do Carandiru

Julgamento do caso ocorrido em 1992 começou hoje em São Paulo; dos 26 réus, dois faltaram

São Paulo – Uma das juradas do julgamento do massacre do Carandiru, que começou hoje (8) em São Paulo, passou mal durante a leitura de um resumo do processo e teve de ser atendida por médicos. Ela teria se emocionado com relato do que aconteceu em outubro de 1992, quando a Tropa de Choque da Polícia Militar invadiu o complexo penitenciário do Carandiru para conter um motim e acabou matando 111 presos.

Dos 26 réus do massacre, dois faltaram ao julgamento: Aguinaldo Cândido e Reinaldo Henrique de Oliveira alegaram problemas de saúde e serão julgados à revelia. A sessão teve início às 10h. A previsão é de que dure pelo menos até sexta-feira (12).

Os trabalhos começaram com o sorteio dos jurados. Das 50 pessoas convocadas para a função, cerca de 20 compareceram e sete foram sorteadas – cinco mulheres e dois homens. O Ministério Publico indeferiu três nomes e eles foram substituídos, mantendo a proporção inicial de gênero. A maioria dos jurados aparenta ter menos de 30 anos e ser de classe média baixa, como é o caso da jurada que passou mal.

Após a leitura do resumo, haverá pausa para o almoço. À tarde, começam a ser ouvidas as testemunhas.