Ex-ministro dos Direitos Humanos sai em defesa da Comissão Nacional da Verdade

Para Paulo Vannuchi, trabalho do grupo é 'meritório' e tem de ser valorizado

São Paulo – Em resposta às críticas recentes sobre os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV), o ex-ministro de Direitos Humanos e comentarista político Paulo Vannuchi saiu em defessa da comissão, afirmando que seu trabalho é “meritório, sério e tem de ser valorizado.” A acusação de sectarismo que teria surgido entre os comissionados foi alvo de críticas de Vannuchi. “A composição da comissão foi um trabalho feito pessoalmente pela presidenta, são nomes de alta credibilidade, de trajetória inquestionável em termos de direitos humanos”, disse o colunista da Rádio Brasil Atual

A criação de comissões estaduais e aquelas de iniciativa da sociedade, como a da União Nacional dos Estudantes (UNE), foi valorizada pelo ex-ministro. Ele rebate às críticas de que estas seriam mais transparentes e levassem suas investigações mais a fundo.

“A CNV, sendo a única que tem poder de convocatória [as outras só podem convidar] tem mesmo de trabalhar com mais cautela, mais cuidado. Não é como outras comissões, como a da UNE, que se sente mais livre para avançar. É absurdo um sistema de concorrência entre essas comissões para ver quem se projeta mais. A CNV, por ser do Estado brasileiro, tem de ser mais responsável”, finalizou.  

Ouça aqui o comentário de Paulo Vannuchi.