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Escritório das Nações Unidas pede proteção para profissionais brasileiros da comunicação

Órgão condenou as mortes a tiros do radialista Israel Gonçalves Silva e do jornalista Ítalo Eduardo Diniz Barros

reprodução/internet

Israel atuava na Rádio Comunitária Itaenga FM, onde apresentava programa sobre problemas de Feira Nova

São Paulo – O Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) condenou as mortes a tiros do radialista comunitário Israel Gonçalves Silva, no último dia 10, em Feira Nova (PE), e do jornalista e blogueiro Ítalo Eduardo Diniz Barros, três dias após, em Governador Nunes Freire (MA).

“Condenamos as mortes dos dois comunicadores e chamamos as autoridades a investigar e sancionar os responsáveis por esses crimes, para que fatos como esses não fiquem impunes”, disse o representante para América do Sul do órgão, Amerigo Incalcaterra.

Incalcaterra pediu às autoridades brasileiras para adotar medidas efetivas para proteger os profissionais. Disse que a violência, intimidação e represálias fazem parte do dia a dia de muitos comunicadores sociais no Brasil por conta de seu trabalho.

“Nos últimos anos, o Brasil vem aparecendo entre os países mais inseguros da região e do mundo para o trabalho dos comunicadores sociais”, disse. Para Incalterra, o Estado deve adotar medidas urgentes para proteger a vida e a integridade física dos profissionais e “reverter esse triste quadro”.

Incalcaterra também solicitou às autoridades que o país implemente a recomendação feita pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Brasil sobre a criação de um Observatório da Violência contra Comunicadores.

Funcionário público, lotado na Guarda Municipal, Israel atuava na Rádio Comunitária Itaenga FM, onde apresentava programa sobre problemas da cidade. Uma das atrações era a sessão Microfone Aberto, na qual a população fazia reivindicações diretamente às autoridades.

Segundo a Polícia Militar do Maranhão, Ítalo era ameaçado por algumas publicações que fazia no seu blog, onde ele escreveu que o trabalho “nasceu de uma vontade popular de querer um veiculo de comunicação que reivindicasse o direito do povo” e deixava clara sua motivação política.

Com informações do Acnudh

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