Dops será identificado oficialmente como local de tortura em Porto Alegre

Porto Alegre – O Comitê Pela Verdade e Justiça Carlos De Ré fará um ato ousado nesta quarta-feira (27). Ao meio dia, o grupo pretende identificar o primeiro prédio público em […]

Porto Alegre – O Comitê Pela Verdade e Justiça Carlos De Ré fará um ato ousado nesta quarta-feira (27). Ao meio dia, o grupo pretende identificar o primeiro prédio público em funcionamento como antigo local de tortura no regime militar. Onde hoje funciona o Palácio da Polícia (avenida João Pessoa, 2050), abrigou em 1964 o Departamento de Ordem Política e Social (Dops), em Porto Alegre. “Isto já está comprovado e fundamentado. Pela legislação podemos fazer esta identificação. Faremos uma grande mobilização”, explica o presidente do Comitê, vereador Pedro Ruas (PSOL).

A concentração de ativistas dos direitos humanos e demais apoiadores da verdade sobre o período de exceção será a partir das 11h30. A demarcação pública do local será completa. “Vamos desde a João Pessoa até o interior do prédio, onde ocorriam as prisões”, salienta Ruas.

Está prevista a participação de autoridades, políticos e ex-presos políticos, como o último preso político no Brasil, Antonio Louzada. Nesta terça-feira (26), o vereador Pedro Ruas convidará o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT) e o governador gaúcho, Tarso Genro para acompanhar a identificação do Dops. “Se não forem, ao menos foram convidados e esperamos algum representante”, falou.

A primeira identificação de um dos locais onde ocorreu tortura na ditadura militar feita pelo Comitê Pela Verdade e Justiça Carlos De Ré foi o Dopinha, no casarão amarelo da rua Santo Antônio, esquina com Vasco da Gama.