São Paulo – Ativistas pela democratização da mídia promovem, nesta terça (3) um protesto contra o desmonte das rádios e TV Cultura praticado pelos sucessivos governos do PSDB no estado. O presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, já demitiu mais de 250 funcionários, mudou a grade de programação da emissora e abriu espaço para empresas privadas, como o jornal Folha de S. Paulo.

Enlatados e propagandas também avançam sobre o conteúdo cultural. João Brant, do coletivo Intervozes, uma das entidades organizadoras do ato, critica a entrada do grupo Folha na programação da TV Cultura. Para ele, uma emissora pública deve ser um contraponto às empresas privadas e não o reforço da hegemonia de grupos econômicos, como é o caso da parceria com o jornal Folha de S. Paulo. “O que a gente está vendo acontecer é um processo de degradação que se acentuou na gestão Sayad que não vai ter volta na próxima década”, alerta.

De acordo com a psicanalista Maria Rita Kehl, os tucanos têm preconceito contra a cultura. Ela cita como exemplo a mudança de horário do programa “Metrópolis” que ganhou um tempo maior, mas passou a ser transmitido às 24h30, para um público restrito. “A função de uma TV pública, que seria dar uma programação cultural de maior qualidade, fica prejudicada. Tem um preconceito aí”, conclui.

O ato para denunciar a destruição da TV e Rádio Cultura ocorre às 19h, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo (Rua Genebra, 25, Centro),  próximo à Câmara Municipal.

Confira o áudio das entrevistas concedidas à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

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