Assembleia Legislativa

Deputada Sarah Munhoz quer prorrogação da CPI das universidades em SP

Parlamentar do PCdoB diz que trabalho da comissão é maior do que o esperado e, em segundo lugar, segurança dos depoentes que se apresentaram como vítimas de violência teria mais garantias com adiamento

Agência de Notícias/Assembleia Legislativa

Adriano Diogo e Sarah Munhoz, presidente e vice da CPI, não estarão na próxima legislatura

São Paulo – A deputada Sarah Munhoz (PCdoB), vice-presidente da CPI que apura violência nas universidades do estado de São Paulo, defende que a comissão seja prorrogada para depois de 15 de março, quando acaba a atual legislatura e os mandatos do presidente do colegiado, Adriano Diogo (PT), e o dela própria.

Segundo ela, são duas as razões para a prorrogação. “A primeira é que a gente achava que (a apuração) seria menor. Ainda há muita coisa a fazer e muitos depoimentos a fazer”, afirma. “O segundo ponto é que fico preocupada com a segurança dos depoentes que fizeram as delações, como vítimas. Essas pessoas precisam de proteção. Algumas até já andam com seguranças.”

Se a CPI for prorrogada para depois do fim dos atuais mandatos, Sarah acredita que haja tempo para medidas legais ou jurídicas para garantir a segurança dos depoentes. O relatório da comissão que será apresentado em março será encaminhado ao Ministério Público, que pode começar a adotar medidas com base no documento.

Para a CPI ser prorrogada, segundo a deputada, é preciso que o presidente da Casa – cujo nome será definido no início da nova legislatura – dê encaminhamento favorável a uma moção com esse fim. Nem Sarah Munhoz nem Adriano Diogo poderão prosseguir nos trabalhos, caso a comissão seja prorrogada. A deputada do PCdoB não conseguiu a reeleição. Diogo tentou uma vaga na Câmara Federal, e não obteve êxito. Se a CPI for prorrogada, eles serão substituídos, mantendo-se a proporcionalidade de sua composição.