Igualdade

Denúncia, protesto e conquistas: no 8M, mulheres tomam as ruas de São Paulo, Rio e várias cidades pelo país

Além de expor questões crônicas, como violência, assédio e desigualdade, manifestações também celebram as conquistas alcançadas ao longo da história do movimento feminista

Joana Baumg
Joana Baumg
Mesmo com intensa chuva, Rio e São Paulo registraram atos expressivos

São Paulo – Durante todo o dia, nesta sexta-feira (8), mulheres em todo o Brasil participaram de manifestações que marcaram o Dia Internacional da Mulher. Os eventos ocorreram em diversas cidades do país, em movimento histórico de reivindicação por direitos e igualdade.

Em várias localidades, as manifestantes se reuniram para a mobilização política. Foi o que aconteceu, por exemplo, na chamada Esquina Democrática, em Porto Alegre, na Candelária, no Rio de Janeiro, e no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Mesmo com intensa chuva, Rio e São Paulo registraram atos expressivos, com as mulheres se unindo por justiça social, igualdade de gênero e respeito aos direitos humanos. Além das grandes metrópoles, outras cidades brasileiras registraram manifestações.

Em um momento em que questões como violência doméstica, disparidade salarial, acesso à saúde reprodutiva e representatividade política continuam sendo desafios enfrentados pelas mulheres no Brasil, a mobilização deste 8 de Março ganha ainda mais relevância.

As manifestações deste ano são também uma oportunidade para celebrar as conquistas alcançadas ao longo da história do movimento feminista, ao mesmo tempo em que se renovam os compromissos com a luta contínua por progresso e justiça para todas as mulheres, independentemente de sua origem, raça ou orientação sexual.

Mulheres sem-terra

Mais de 15 mil mulheres ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra participaram de atividades desde quarta-feira (6), nos 24 estados onde o MST está organizado. O lema das manifestações era “Lutaremos! Por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos!”. Desigualdade sociais, patriarcado, violência – doméstica e política – foram alguns temas dos protestos.

“Desde a violência que atinge os territórios, a violência que atinge seus corpos, as mulheres também denunciam os financiadores, de quem lucra com essa violência, demarcando a importância de uma política de enfrentamento a todo o processo que nos desumaniza, que nos agride, que nos oprime”, afirmou Lucineia Freitas, da coordenação nacional do Setor de Gênero do MST.

Leia mais:

Confira algumas imagens dos atos do 8M