Homenagem

Comissão da Câmara aprova Zilda Arns no livro dos heróis da pátria

Médica sanitarista, irmã de dom Paulo, foi uma das criadoras da Pastoral da Criança

Agência Brasil
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Zilda morreu em 2010: foi uma das vítimas de terremoto no Haiti

São Paulo – A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou, na semana passada, o Projeto de Lei (PL) 1.937/19, que inclui o nome de Zilda Arns Neumann no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Como a matéria transitou em caráter conclusivo, segue diretamente ao Senado, a não ser que algum deputado apresente recurso para análise em plenário.

Irmã de dom Paulo Evaristo Arns, cardeal-arcebispo emérito de São Paulo, a médica e sanitarista Zilda, também nascida em Forquilhinha (SC), em 1934, foi uma das fundadoras da Pastoral da Criança. Ela morreu em 12 de janeiro de 2010. Foi uma das vítimas de terremoto no Haiti, que deixou 300 mil mortos e milhares de feridos.

“Em 1983, Zilda e Dom Geraldo Majella fundaram a Pastoral da Criança e formularam um plano de ação para diminuir a mortalidade infantil com o uso do soro caseiro”, diz a deputada Tereza Nelma (PSDB-AL), autora do projeto. “Três vezes indicada ao Prêmio Nobel da Paz, ganhadora de uma série de homenagens tanto no Brasil quanto no exterior, a fundadora da Pastoral da Criança ajudou a tirar o país do vergonhoso mapa da mortalidade infantil e inspirou instituições humanitárias no mundo inteiro”, acrescenta.

Beatificação

Biografia escrita pelo jornalista Ernesto Rodrigues e lançada em 2018 aponta Zilda Arns como conservadora e antifeminista. Desde 2015, corre um processo pela sua beatificação.

O Panteão dos Heróis fica na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Outro nome indicado é o do marinheiro João Cândido Felisberto, líder da chamada Revolta da Chibata, em 1910. Mas a Marinha é contra a homenagem.