Ação contra abstenção

Após pressão, prefeitura de São Paulo concede passe livre no segundo turno

Mais de 200 entidades assinaram carta ao prefeito pelo passe livre. Ministério Público também já havia se manifestado pela gratuidade

Reprodução/Twitter
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"A não concessão da gratuidade do transporte público no segundo turno tem potencial de alijar pessoas pobres do direito fundamental ao voto", disse o MP

São Paulo – A prefeitura de São Paulo cedeu à pressão da sociedade e decidiu nesta segunda-feira (24) garantir o passe livre no transporte para domingo (30), segundo turno das eleições. A decisão veio após articulação de entidades da sociedade civil, artistas e políticos. Na última sexta (21), o Ministério Público (MP-SP) se manifestou favorável a uma ação da deputada federal eleita Erika Hilton (Psol) pela gratuidade.

“A não concessão da gratuidade do transporte público no segundo turno tem potencial de alijar pessoas pobres do direito fundamental ao voto”, disse o MP. O órgão lembrou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Barroso defendeu que não há impedimento para que as prefeituras concedam a gratuidade. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) reforçou a posição do MP. “O Idec teve acesso ao parecer do Ministério Público para a adoção de Passe Livre no Segundo Turno na cidade de São Paulo, em ação movida pela Vereadora Erika Hilton e pela Defensoria Pública. (O Idec) considera muito positivo e correto o embasamento do órgão”.

Durante a manhã, representantes de movimentos sociais e de entidades da sociedade civil organizada realizaram manifestação intitulada “Passe Livre pela Democracia” diante do prédio da prefeitura. Os presentes entregaram uma carta assinada por mais de 200 entidades para o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

As redes sociais comemoraram a decisão: