São Paulo – Em seu primeiro balanço, divulgado após praticamente um mês de trabalho, o IBGE informou nesta terça-feira (30) que ouviu até ontem quase 60 milhões pessoas no Censo Demográfico. Ou exatas 58.291.842, em 20.290.359 domicílios. Na manhã de hoje, o total já superava 59,6 milhões.

A maior parcela dos entrevistados é da região Nordeste: 36,51% do total. Logo em seguida, o Sudeste aparecia com 35,51%. Depois vêm as regiões Sul (11,87%), Norte (9,44%) e Centro-Oeste (6,67%). O IBGE mantém uma página por meio do qual é possível acompanhar o andamento das atividades.

Contagem inédita

Os entrevistadores contaram até agora 450.140 indígenas e 386.750 quilombolas. “Quanto aos quilombolas, mesmo sendo parcial, esse já é um número inédito, pois é a primeira vez que estamos fazendo essa investigação”, afirmou o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte.

“A produtividade individual dos recenseadores está dentro do esperado. Os setores estão sendo trabalhados no tempo adequado e os sistemas de coleta, acompanhamento e transmissão estão funcionando bem, assim como os equipamentos”, comentou o gerente. Segundo ele, em 2,3% dos domicílios os moradores se recusaram a responder. O IBGE ainda voltará a esses locais.

Mulheres são maioria

O tempo mediano de preenchimento tem sido de seis minutos para o questionário básico e de 18 minutos para o questionário ampliado. De acordo com o instituto, 99,7% dos questionários foi respondida de forma presencial. Os demais, pela internet ou por telefone. Segundo o balanço, da população já recenseada, pouco mais da metade (52,2%) eram mulheres.

“Já conseguimos observar na pirâmide parcial o envelhecimento da população, com o topo da pirâmide mais avolumado, e picos nas idades de 40 e 20 anos, conforme o esperado”, observou o gerente técnico. “Os indicadores de qualidade vêm mostrando que a informação é consistente, não há indícios de que haja sub ou sobre enumeração de alguma idade.”

Falta de pessoal

O IBGE informou que enfrenta dificuldades com falta de pessoas em algumas áreas. Atualmente, há 144.634 recenseadores em campo, o que corresponde a 78,8% das vagas disponíveis. Mato Grosso é o estado com maior déficit (51,2% das vagas). Por outro lado, Alagoas tem 99,6% dos postos ocupados. “Onde o desemprego é menor, é mais difícil despertar o interesse das pessoas para trabalharem temporariamente como recenseador. Além disso, em alguns locais, por questões específicas, a coleta foi iniciada um pouco depois”, disse o gerente. Por isso, o instituto mantém processos seletivos. O próprio Censo esteve ameaçado de não s realizar, por falta de orçamento.

O IBGE lembra ainda que os recenseadores estarão sempre uniformizados, com o colete do instituto, boné do Censo, crachá de identificação e o DMC (equipamento de coleta de dados). É possível confirmar a identidade no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181. Para isso, é preciso fornecer o nome, matrícula ou CPF do recenseador.

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